Numa altura em que se celebram os 300 anos sobre o nascimento de Denis Diderot, um dos maiores nomes da filosofia e da literatura francesa do século XVIII, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (ILCML), em coordenação com o Mestrado em Estudos de Teatro da Universidade do Porto (MET-UP), a Associação Portuguesa de Estudos Franceses (APEF) e o Centro de Estudos Teatrais da Universidade de Lisboa (CET/UL), organiza, entre hoje e amanhã (15 de março), até às 19h, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), um colóquio subordinado ao tema “Diderot: paradoxos de um ator”.

Partindo da visão de Diderot como “um autor que sempre nos quer obrigar a pensar”, este colóquio servirá para conhecer o legado literário deixado pelo filósofo e escritor francês. O desafio pretende, ao longo dos dois dias, mobilizar especialistas nacionais e estrangeiros em áreas como a moral e a política, o teatro e a vida, a linguística e a literatura, a estética e a retórica, a relação entre as artes (pintura e literatura, pintura e cinema, música e ética), ou entre as artes e as ciências (pintura e filosofia, música e matemática).

Este colóquio, que se apresenta como um “encontro entre as artes e entre os géneros literário”, vai passar por uma análise de leitura de algumas obras de Diderot em Portugal, pela abordagem de algumas obras menos conhecidas do autor, pela reflexão em torno de temas como a dicotomia ator/espetador e ainda pelo jornalismo literário.

No último dia, será exibido um filme de Rivette sobre “A Religiosa” (uma das mais conhecidas mas também marginalizadas obras de Diderot), cuja apresentação caberá ao cineasta Lauro António.