Pelas 15h desta quinta-feira, dia 21 de março, realizou-se o debate “Crise da Comunicação vs Crise de Comunicação” no pólo de indústrias criativas da UPTEC. Ricardo Jorge Pinto, diretor adjunto da Agência Lusa, participou como mediador no debate que contou com a presença do presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia e do jornalista José Manuel Fernandes.

Crise na Comunicação

Como razões para a crise de comunicação, falou-se da atual tendência para o jornalismo online, no caso dos media tradicionais, e a baixa necessidade, por parte da população, de informação de qualidade. As redes sociais como fonte de informação e as novas maneiras de se investir em publicidade, foram outros dois temas em que o debate se focou.

A atual crise que se vive na Comunicação Social foi um dos temas amplamente debatidos. Ricado Jorge Pinto declarou que “existe crise de comunicação, nunca crise da comunicação” pois, na sua opinião, “nunca estivemos tão bem informados”. Alfredo Maia, por sua vez, realçou a importância de “os jornalistas saberem responder às necessidades de um público cada vez mais exigente e qualificado”. O mediador corroborou, dizendo que “o sistema comunicativo é indissociável do sistema social”.

O jornalista José Manuel Fernandes disse que o problema primordial da comunicação atual é a mudança drástica na sociedade. Para o jornalista, “há 20 ou 30 anos, havia dependência absoluta dos media, o que não se verifica nos nossos dias, com as redes sociais”.

Jornalismo Florestal também foi tema de conversa

A conferência discutiu ainda o tema do Jornalismo Florestal e contou com a atribuição do prémio PINUS, a trabalhos feitos na área. Quanto a este assunto, o jornalista José Manuel Fernandes começa por rejeitar a designação, porque para ele “o jornalismo é um todo”, sem categorizas.

Foram debatidas ainda a questão dos incêndios e a importância dos jornalistas cobrirem o acontecimento, ao invés de utilizarem imagens de arquivo. José Manuel Fernandes revela uma verdade pouco divulgada: “O número de aviões que aparecem nas notícias não têm a ver com a dimensão do incêndio, têm a ver com a cobertura mediática do incêndio. Os aviões são caros e poucos úteis”, esclarece.