Portugal começou o ano com lugar garantido no grupo dos países “inovadores moderados”, juntamente com a Espanha, a Itália a Grécia, entre outros. Esta foi uma informação divulgada, ontem, no Painel de Avaliação da Inovação, em Bruxelas. A classe dos “inovadores moderados” apresenta desempenhos abaixo da média da União Europeia (UE). Já os lugares de topo ficaram para a Suécia, a Alemanha, a Dinamarca e a Finlândia, que apontam resultados mais de 20% acima da média europeia.

Efeito Económico Português

Em crescimento estão os indicadores de efeito económico, à exceção do indicador “receitas de patentes e licenças obtidas no estrangeiro”, que apresentou um decréscimo de 4,4%.

O painel distribui os Estados-membros em quatro grupos, desde os líderes em inovação até aos inovadores modestos. Em segundo lugar, os seguidores de inovação, onde constam a Holanda, o Luxemburgo, a Áustria, entre outros, apresentam já valores 10% abaixo da média. A última categoria, inovadores modestos, conta com a presença da Polónia, Letónia, Roménia e Bulgária, com valores muito abaixo da média da União Europeia.

Portugal revela um défice no indicador “investimentos empresariais”, apresentando uma diminuição de 13,8%. Ainda assim, verifica-se um aumento de 12,5% nas co-publicações científicas internacionais, em relação ao ano anterior.

Em comunicado, Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia e comissário responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo, afirma que os “resultados deste ano mostram que a crise económica teve um impacto negativo nas atividades de inovação em determinadas regiões da Europa”. “O investimento na inovação é crucial se quisermos manter a nossa competitividade global e restabelecer o crescimento na Europa. Precisamos de incentivar o empreendedorismo, pois as PME [pequenas e médias empresas] têm sido um motor essencial da inovação”, referiu Tajani.