A 19 de março, o Partido Socialista (PS)-Porto apresentou uma proposta de reativação do Cinema Batalha. A ideia – que foi aprovada por uninamidade – refere, ainda, de acordo com a Lusa, a tentativa de envolver o cineasta Manoel de Oliveira na iniciativa e na criação da instituição Casa do Cinema do Porto.

A proposta abrange, ainda, outros nomes do cinema português, como Aurélio da Paz dos Reis e Henrique Alves Costa, cujos familiares poderão vir a estar envolvidos no processo.

O projeto conta com o aval da Câmara do Porto e, embora apoie a intenção, o presidente Rui Rio adiantou que as ideias não são novidade e que não faltaram tentativas para recuperar o edifício – contudo, nunca foram bem sucedidas. “Praticamente tudo o que diz já foi tentado. Não acho que não se possa voltar a tentar. A ideia é boa. Mas nunca se conseguiu. Tentou-se tudo e mais alguma coisa ao longo destes anos”, explica, em declarações à Lusa, acrescentando que é um projeto “para o futuro”.

O vereador do Partido Socialista, Manuel Correia Fernandes, mostrou-se persistente, reforçando a ideia de necessidade de proteção do edifício e alertou para um sentido de “autoridade moral”.

Nuno Camilo, presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), explica ao JPN que “tudo o que sejam propostas para dinamizar a atividade cultural e, por conseguinte, dinamizar a sociedade”, serão sempre vistas com “bons olhos”.

Relativamente à proposta, a instituição refere que “já podia ter sido feita há muito mais tempo” e acrescenta que o Cinema Batalha é muito mais do que uma sala de cinema.

O líder da ACP adianta que o facto de a proposta ter sido aceite representa uma “recomendação”, para a qual não “é logo disponibilizada uma verba” e que “não significa que possa avançar”. Sublinhou, também, que espera que não seja somente um movimento político.

O mesmo diz Mário Dorminsky, da Cinema Novo, que foi um dos pretendentes à reabilitação do espaço – e ainda continua interessada na gestão do cinema Batalha: “Porquê agora, a meses das eleições autárquicas, quando a sala está nesta situação há anos e ninguém quis saber de nada?”, questiona.