O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) vai reunir, no Pólo Universitário da Asprela, mais de 700 colaboradores, dos quais 250 doutorados, de três centros de investigação da Universidade do Porto (UP): o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP). Nos laboratórios daquele que é já apelidado de “superinstituto”, os investigadores vão centrar-se em áreas determinantes da saúde, tais como as doenças neurodegenerativas, infeciosas ou o cancro.

O reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, e o secretário de Estado adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, lançaram, esta quinta-feira, a primeira pedra da obra que tem a conclusão projetada para finais de 2015.

Em declarações ao JPN, Marques dos Santos destacou, para além da obra em si, o “edifício humano que engloba não só os três institutos como toda a universidade envolvida na área da saúde e da vida”. “Tenho a certeza que vai abrir portas para financiamentos e vai-nos dar maior visibilidade e reconhecimento internacional”, afirma, acrescentando que gostaria de “replicar” o conceito noutras áreas da UP.

UP nas 100 melhores do mundo em 2020

Marques dos Santos afirmou que a Universidade do Porto quer estar entre as 100 melhores universidades do mundo em 2020: “Parece uma utopia, mas, há seis anos atrás, estar nas 100 melhores da Europa também o era e hoje estamos lá”, relembrou. Almeida Henriques disse que esta vontade reflete aquilo que o país precisa: “ambição”.

As promessas e a corrida contra o tempo

Depois de uma rápida visita à área onde se vão erguer os 14 mil metros quadrados do I3S, reitor e secretário de Estado fizeram um pequeno discurso para as dezenas de pessoas que se juntaram no evento.

“Nós não prometemos que vamos fazer, nós fazemos”, sublinhou Marques dos Santos, agradecendo a ação de Almeida Henriques na concretização da obra. O projeto estava parado desde 2008, altura em que foi apresentado, e correu mesmo o risco de ser extinto. No entanto, Almeida Henriques afirmou que o reitor o “convenceu” a avançar com a construção da infraestrutura por esta “significar um pulmão para a região e para o país”, referiu.

O secretário de Estado também falou da responsabilidade a que o projeto obriga: “Temos uma corrida contra o tempo, o edifício tem estar totalmente concluído até ao final de 2015”, alertou, lembrando também o esforço financeiro “significativo”. No entanto, não deixou de se mostrar otimista quanto à concretização do plano: “Estou certo de que não me vou arrepender, vai-nos orgulhar a todos”, disse.

O orçamento da construção é de 21,5 milhões de euros, sendo que 18,2 milhões são financiados por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte.