Fundada em 2008, na IN Serralves, a 20|21 é uma empresa de Conservação e Restauro de Arte Contemporânea que, por estes dias, anda na boca da Europa depois de ter ganho a oportunidade de restaurar a coleção do Parlamento Europeu (PE), para a qual concorreram várias outras empresas.

O concurso foi no final do ano passado e há dois meses que a empresa está a trabalhar no projeto. O trabalho, garante Marta Palmeira, uma das responsáveis pelo projeto, é “gradual“. “Vamos restaurando uma, fazendo os tratamentos que são necessários, vamos fechando e passamos à fase seguinte. Todas as obras são diferentes”, garante.

Trabalhos internacionais

No primeiro concurso, a 20|21 esteve encarregue de examinar o estado de conversação de 601 obras de arte no Parlamento Europeu. A experiência permitiu-lhes ganhar um segundo concurso onde vão proceder ao restauro de 45 obras prioritárias do PE.

Contudo, a oportunidade de restaurar as obras do Parlamento Europeu não apanhou a empresa totalmente de surpresa. Há dois anos já tinham participado e ganho um outro concurso que permitiu à empresa desenvolver o seu primeiro trabalho internacional. “Já tínhamos feito outro trabalho para o Parlamento Europeu que nos abriu um bocado as portas para lá entrar e ficamos a conhecer muito bem as obras que lá estavam e o estado de conservação delas. Eu acho que nós éramos as pessoas que melhor conheciam a coleção e isso deu-nos uma enorme vantagem em relação a outras empresas”, explica Marta.

Marta Palmeira não consegue, no entanto, eleger o concurso mais importante para a empresa: “O primeiro concurso foi o primeiro trabalho internacional que nós fizemos e foi bastante empolgante. Desta vez, o trabalho é mais técnico, dá-nos mais prazer fazer também”, explica.

Os concursos trouxeram alguma visibilidade à empresa, credibilizando-a junto dos seus clientes e parceiros e permitindo à empresa somar uma coleção importante ao seu portefólio.

Marta Palmeira explica também que o feedback por parte das pessoas tem sido bastante positivo nos últimos meses, principalmente de pessoas dentro da rede de contatos da empresa. “O feedback que nós temos é de pessoas que já conhecemos e não de pessoas que não conhecemos. Normalmente organizamos workshops internacionais e vamos ficando com essa rede de contatos, que depois é também importante para termos uma noção do que se passa lá fora”, conclui.