Os pedidos foram feitos pela justiça, polícia e autoridades governamentais: ao todo, traduzem-se em 2 285 pedidos oficiais para a retirada de 24 179 conteúdos, face aos 1 811 relativos a 18 070 conteúdos registados no período homólogo do ano anterior.

De acordo com uma mensagem publicada num dos seus blogs oficiais e divulgadas pela AFP e pela Agência Lusa, o grupo reagiu ao aumento, afirmando que “fica cada vez mais claro que as tentativas governamentais de censurar conteúdos nos serviços Google aumentou”.

Em entrevista ao JPN, Diogo Gomes, professor da Universidade de Aveiro, afirma que, ainda que seja possível, é difícil retirar os conteúdos da Internet. “Quando se faz um pedido para remover [um conteúdo] do Google, os conteúdos não são retirados, só se torna mais difícil encontrar os mesmos conteúdos”, esclarece.

O especialista acrescenta, ainda, a dificuldade de proteção de conteúdos e da criação de um impedimento à sua cópia e consequente propagação.

No pódio dos países com mais pedidos de retirada estão o Brasil, em primeiro lugar, e a Rússia, em segundo. “Mais do que nunca, os governos estão a pedir-nos que retiremos conteúdos políticos que as pessoas têm publicado nos nossos serviços”, descreve a multinacional.

Para explicar o conteúdo o exercício de controlo das nações face aos conteúdos permitidos na Internet, Diogo Gomes dá o exemplo da “grande firewall da China”.