O visitante-tipo da Fundação Serralves é jovem, com estudos superiores e regressa com frequência ao museu. De forma generalizada, é assim que o estudo levado a cabo pela Porto Business School (PBS) caracteriza o perfil do visitante da Fundação.

O projeto foi iniciado em 2011, a pedido de Serralves, e contou com a participação de mais de dois mil inquiridos. O visitante-tipo pode então ser caracterizado como alguém licenciado (85%), jovem (70%), com idade inferior a 46 anos (sem contar com menores de 16) e coleciona visitas frequentes – já que 44,5% disseram visitar Serralves pelo menos uma vez por mês. Um dado que se compreende, tendo em conta que, num máximo de 4, a média de satisfação dos inquiridos é de 3,47%.

Na maioria das vezes, os visitantes levam ainda companhia – 35% vai com a família, 24,1% com amigos e 22,1% com o companheiro/a. Foram o parque de Serralves e as exposições que levaram mais de 80% dos inquiridos à Fundação, mas 66,3% participaram no “Serralves em Festa” e 34,4% no “Jazz no Parque”, fechando o top três das preferências.

Serralves vale o que custa

Um outro dado interessante prende-se com o preço dos bilhetes: a maioria acha o preço adequado e só 32,4% considera que sete euros é um preço elevado para visitar o parque e o museu. Mas, nos espetáculos, a satisfação é ainda maior, uma vez que apenas 7,9% acham os ingressos caros – custam entre 5 a 10 euros.

Aos inquiridos foi também pedido que referissem uma exposição ou acontecimento de que se lembrassem de ter visitado: 21% citou uma exposição de Paula Rego em 2004, seguida de Francis Bacon (7%) e Andy Warhol (4,8). Mas, para lá dos artistas em si, 74% menciona a arquitetura e os espaços como principal traço distintivo de Serralves, que é também vista como “uma das marcas mais fortes no âmbito da cultura em Portugal”.

O estudo permitiu demonstrar, ainda, que os visitantes de Serralves não deixam de ter outras instituições na agenda: 78,3% tem o hábito de visitar a Casa da Música, 29,3% o Teatro Nacional de São João e o Museu Nacional de Soares dos Reis.

Os resultados completos do estudo foram apresentados esta quarta-feira, em Serralves, numa sessão que contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.