Em noite que costuma estar, habitualmente, entregue aos Xutos e Pontapés, foi a música eletrónica que tomou conta do palco da Queima das Fitas. A noite começou tímida, mas acabou ao rubro, com os Knife Party.

Beatbender e The Frederik sem parar

O relógio andava perto das 22h30 e The Frederik já ensaiava na mesa de mistura para uma assistência ainda bastante reduzida. Um cenário que foi mudando de figura à medida que chegavam os “carregamentos” de estudantes, nos vaivém da Queima.

Por volta da 23h, os Beatbender começaram a sua atuação. A assistência ia embalando e animando com a música eletrónica dos portuenses Gustavo Silva e Paulo Garim, num espetáculo de luz e cor.

Em ritmo non-stop, The Frederik regressou à mesa de mistura, mas, desta vez, a sério. O público, cada vez mais composto e ativo, vibrou com um dos principais hits do holandês – “56K” -, que tocou até à 1h da madrugada.

30 segundos de silêncio

Ao contrário de quarta-feira, o minuto de silêncio em memória de Marlon Correia, passou um pouco despercebido. O público, tão embalado na música, demorou meio minuto até perceber o porquê da música parar e as luzes baixarem. O resto do tempo foi respeitado de forma mais ou menos silenciosa e terminou com um aplauso.

Durante o intervalo, o público aproveitou para recarregar energias para o ponto alto da noite: Knife Party. “Vai ser brutal, vai rebentar com tudo”, disse Diana, estudante da Universidade do Minho que, desde cedo, assistia ao concerto na primeira fila. Ainda assim, achou a atuação de The Frederik “muito repetitiva”, mas aprovou a dupla portuguesa. Já Marta Gomes, aluna do ensino secundário, confessou que “não conhecia nenhum dos DJ, mas “adorou” as atuações e esperava o mesmo de Knife Party.

Grande festa e animação com direito a champanhe e confetti

Pouco depois da 1h da madrugada, o Queimódromo já estava ao rubro à espera da dupla australiana, que assinou um concerto cheio de ritmo e animação. Os incentivos de Gareth McGrillen ao público eram constantes e contagiavam uma multidão que se perdia de vista no recinto.

Internet Friends“, do álbum Haunted House, e Sleaze, de Rage Valley, foram duas das músicas que levaram os jovens à loucura, entre os confetti que coloriram e animaram a noite. O público cantou ainda uma cover de “Who’s Gonna Save the World Tonight“, dos Swedish House of Mafia e teve mais uma surpresa: Gareth McGrillen foi até bem perto do público e brindou-o com champanhe. A garrafa ficou no público, ainda que não por muito tempo, já que os seguranças foram rápidos a resgatá-la e Gareth voltou para a mesa.

O concerto terminou às 2h30 com a dupla a agradecer ao público, que parecia ter energia para mais umas horas.