Pouco passava das 23 horas de domingo quando a comitiva do FC Porto chegou ao Estádio do Dragão para comemorar o 27.º título junto dos adeptos. Ao contrário do que tem sido norma, desta vez os jogadores não subiram à varanda do estádio, mas sim ao coreto. Um a um, todos os elementos do plantel foram chamados desde a porta 24 até ao palco da festa.

Ao início da tarde desta segunda-feira, os confetti, garrafas, copos e rolhas de champanhe já quase não existiam, e o Dragão estava “limpinho, limpinho, limpinho”.

Movimento só mesmo na Loja Azul, onde os cachecóis e camisolas do tricampeonato eram vendidos a bom ritmo, sendo que alguns artigos até já tinham esgotado, tal era a vontade de querer levar para casa uma recordação de um título considerado especial.

Para António Alves, a reviravolta na reta final do campeonato deu um sabor diferente à conquista, em que “todos tiveram mérito, a equipa vale toda por ela, não vale a pena estar a distinguir”. A questão do treinador é simples para António Alves: sai Vítor Pereira, entra Rui Faria, atual treinador-adjunto de José Mourinho.

A alegria pela conquista do título quando já muitos tinham atirado a toalha ao chão é extensível à maioria dos adeptos. Para Fernando Peixoto, a vitória no campeonato “foi uma maravilha” e o destaque, como figura principal, vai para o médio Fernando Reges : “Foi a base da equipa”. Para o adepto do FC Porto, Vítor Pereira deve continuar à frente do comando técnico dos “dragões”, apesar de as prestações europeias terem sido menos conseguidas.

Houve até quem viesse diretamente de França, de propósito, para assistir ao vivo ao último jogo do FC Porto no campeonato, na Mata Real, em Paços de Ferreira. Para Rui Miguel Costa, a conquista é responsabilidade de toda a família portista. “Não se pode apontar nada a Vítor Pereira no campeonato, mas não é treinador para a Liga dos Campeões”, referiu.

Como em todas as famílias, há sempre divisões, mas, esta semana, não há motivos para arrufos: o Porto é tricampeão.