Foi em Venice Beach, durante o curso na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, que Ray Manzarek conheceu Jim Morrison. Impressionado pelas composições de Jim, Manzarek terá sugerido que formassem um grupo musical. Um pouco mais tarde juntaram-se John Densmore e Robby Krieger, naquela que viria a ser uma das bandas mais famosos da história do rock – The Doors.

Depois da morte de Jim Morrison, aos 27 anos, Krieger e Manzarek ficaram com os vocais, lançando mais dois álbuns, Other Voices (1971) e Full Circle (1972). Seguiu-se um longo período de inatividade, que só seria quebrado em 2002. Desde então, passaram por Portugal, atuando no Pavilhão Atlântico e no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no Festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, em conjunto com o vocalista dos The Cult, Ian Astbury.

Ray Manzarek morreu esta segunda-feira, aos 74 anos, numa clínica em Rosenheim, na Alemanha, onde recebia tratamento para um cancro. “Fiquei profundamente triste ao ouvir acerca da morte do meu amigo e companheiro de banda”, afirmou Krieger, num comunicado publicado no Facebook.

“O Ray Manzarek e o Jim Morrison foram as duas pessoas mais invulgares que já conheci. [O Ray] via sempre o lado bom das pessoas, foi o único na UCLA que viu algo de bom no Jim. As restantes pessoas consideravam-no falso ou pior. Serei sempre grato ao John [Densmore] por me os ter apresentado e nunca vou esquecê-los”, acrescentou Robby Krieger, no seu perfil.

Os teclados de Manzarek atravessam todo o repertório da banda de rock psicadélico, destacando-se em várias canções – “Alabama Song“, “Light My Fire” ou “Riders on the Storm“, são alguns exemplos da marca deixada por Ray Manzarek, teclista e fundador dos The Doors.