Apesar de alguns minutos de atraso, não tardou a que o projeto “Ruaria” estivesse a caminho da praça Almeida Garrett, no Porto, na manhã desta sexta-feira. Eram entre 30 e 40 pessoas, divididas em dois grupos – um que comunicava em inglês e outro em português -, que desciam da Sé para perto da Estação de São Bento.

Na estação, membros da organização – alunos do 2.º ano da licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura da Universidade Lusófona – esperavam pelos dois grupos.

“Inicialmente, era um projeto que visava apenas conhecer o nome das ruas – daí ‘Ruaria'”, explica Diana Cunha, uma das estudantes em São Bento. Daí, partiu-se para o conceito final, que consiste em fazer um pequeno tour, com portugueses e estrangeiros, para “mostrar as ruas que são menos conhecidas na cidade do Porto e também divulgar o nome da universidade em si”.

O trajeto

O trajeto teve início na Universidade Lusófona do Porto, junto à muralha Fernandina, e continuou pela Calçada da Vandoma, Praça Almeida Garrett, Rua das Flores, Rua de Sousa Viterbo, Praça Infante D.Henrique, Rua Ferreira Borges, Rua Belmonte, Rua das Virtudes, Rua D. Barbosa de Castro, Rua de Senhor Filipe de Nery, Rua dos Clérigos, Praça da Liberdade e terminou novamente na Praça Almeida Garrett.

O “Ruaria” começou a ser desenvolvido em aula e passa por algumas ruas menos conhecidas da cidade do Porto (ver caixa). Durante o percurso, foram preparadas algumas ações de entretenimento, informação e divulgação da cultura e vida da cidade. Em frente à estação ferroviária, a Tuna Feminina da Universidade Lusófona fez uma pequena atuação. Na Rua das Flores, e, tal como o nome indica, as mulheres dos grupos foram presenteadas com uma flor.

André Rodrigues e Rúben Dias, estudantes em Design de Comunicação na Lusófona, fizeram parte deste leque de atividades culturais. André foi convidado a participar e, em seguida, Rúben juntou-se a ele. O trabalho de ambos consistiu em desenhar a imagem das figuras que ilustram o nome da rua onde os turistas passavam naquele momento. “Começamos os desenhos antes da atividade e queremos terminá-los aqui”, explica André. Os desenhos seriam promovidos no evento.

“Acho muito interessante fazer uma vista com base no nome das ruas e acho que deviam continuar com projetos destes”, afirma Maria Carneiro, estudante de turismo e participante no evento. Maria também acrescenta que estas atividades que estão a decorrer cativam “muito” os turistas.

Um evento para perdurar nos próximos anos

Em termos de continuidade, Diana Cunha esclareceu ao JPN que é intenção dos alunos e da disciplina manter este projeto nos anos decorrentes, para “dinamizar o curso e fazer com que possamos conciliar a parte teórica com a prática”.

Sergio Denicoli, docente na cadeira de Comunicação e Assessoria – a disciplina onde se desenvolveu o evento -, confirmou que manter e aperfeiçoar o projeto “Ruaria” é um objetivo da Universidade. No entanto, os moldes de funcionamento nos próximos anos ainda não estão definidos. Quanto ao evento desta sexta-feira, 31 de maio, Denicoli concordou que correu dentro do previsto.

O “Ruaria” foi financiado com patrocínios conseguidos pelos próprios alunos. Toda a iniciativa partiu dos alunos, incluindo “angariação de material, patrocínios, organização do roteiro e divulgação para a Imprensa”, descreve o docente. Quanto a dificuldades, “nem vê-las“.

“O empenho dos alunos foi imenso e deram um presente à cidade do Porto para que as pessoas conheçam mais um pouco a própria cidade”, conclui Denicoli.