Em dezembro de 2012, a Câmara do Porto (CMP) abandonou uma parceria público-privada com outras entidades, apresentada em 2009, que compreendia uma intervenção, estimada em cerca de 25 milhões de euros, no Pavilhão Rosa Mota.

Esta quarta-feira, na sequência de um almoço com taxistas do Porto, Rui Moreira, candidato independente à CMP, manifestou o seu desacordo quanto às ideias iniciais da autarquia para o espaço, presentes nesse projeto, e partilhou aquela que é a sua proposta.

Desta forma, se for eleito, Rui Moreira pretende “reformular o projeto no sentido de o simplificar”. Segundo o candidato independente, o Palácio de Cristal tem “um conjunto de auditórios que parecem dispensáveis” e o objetivo é “utilizar o Rosa Mota como um grande centro com capacidade para 6 mil congressistas”.

No entanto, Rui Moreira não quer implementar mudanças drásticas, porque, diz, “a última coisa que devemos fazer é voltar a ter, relativamente ao Palácio de Cristal, uma nova quezília na cidade, como houve na altura, quando foi destruído o original”. Por isso mesmo, sabe que “é possível fazer uma enorme poupança utilizando recursos que já existem, que estão prontos, estão disponíveis e muitas vezes subutilizados”.

O mesmo aplica-se aos jardins do Palácio, acerca dos quais Rui Moreira é perentório: “Não mexemos, não queremos um ‘Luna Park'”. Ainda assim, o candidato pretende “reduzir a volumetria do projeto original do arquiteto [José Carlos] Loureiro” (que fez o pavilhão), o que vai permitir “resolver alguns dos problemas que os ambientalistas assinalaram”.