Foi com hip hop que o público começou a concentrar-se no palco principal. Os Orelha Negra foram um bom aperitivo para La Roux. A banda de Elly Jackson já não vinha a Portugal há um par de anos, e mostrou-se muito mais madura. “In for the kill” abriu o espetáculo e fez correr ainda mais gente para junto do palco. Apesar da necessidade de temas mais conhecidos, “Sexotheque”, música ainda não editada, foi bem recebida. O grande momento dos La Roux estava guardado para o fim: “Bulletproof” foi cantada por todos em euforia.

Apesar da diferença de estilo entre James Morrison e David Guetta, havia quem quisesse ver ambos. À frente, Ana, com 16 anos, veio ver o DJ francês, mas sem fanatismo. Antes, viria então o romântico James Morrison. Embora o público conhecesse grande parte das canções, só com as inconfundíveis “Broken Strings” e “You give me something” é que as vozes se uniram e se fizeram ouvir.

Com as baterias carregadas, à uma e meia da manhã, começou a correria dos que ainda dispersavam pelo recinto. A única direção era o palco MEO, onde David Guetta se impôs como o deus do Marés Vivas. As pessoas idolatravam-no, com braços no ar, fotografias, muitos “flashes”, e muitos saltos. O recinto tremia e os decibéis no festival pareciam não ter limite. Ana Ribeiro, com 19 anos, viu o concerto mesmo lá à frente, e disse que o DJ “não tocou a música mais esperada da noite, ‘She Wolf’, e não houve encore“, mas confessa que “foi incrível”.

O concerto de David Guetta teve tudo para se tornar num dos concertos que mais gente atraiu à praia do Cabedelo, em Vila Nova de Gaia. Perto das duas da manhã ainda havia gente a circundar o recinto à procura de bilhetes. Os mais audazes empoleiravam-se para ver ou filmar. Antes do concerto, cantou-se o hino de Portugal. Alguns diriam que estava encontrado o salvador nacional.

The Happy Mess e Márcia foram os únicos a atuar no palco Santa Casa, à tarde, apenas com alguns grupos de fãs e curiosos a assistir. Este sábado, os 30 Seconds to Mars atuam num dia já esgotado.