Bordadas ou estampadas, grandes ou pequenas, é na Casa Mouzinho, no Porto, que se podem comprar todo o tipo de bandeiras, desde a portuguesa – republicana ou monárquica -, à dos Estados Unidos da América e até Vaticano. Mas ao lado das bandeiras territoriais podem ser encontradas também a bandeira pirata ou gay. Os preços vão desde os 5 aos 300 ou 400 euros.

O JPN falou com Moisés Paiva, sócio da Casa Mouzinho e o único dos três fundadores ainda vivo. Segundo Moisés Paiva, o negócio “vai sobrevivendo à situação atual da nação e às obras que têm congestionado a Rua Mouzinho da Silveira”. Entre as bandeiras vendidas, a nacional é a mais procurada, seguida de perto pelas bandeiras europeias e concelhos nacionais.

A loja das bandeiras

Embora seja mais conhecida como a Loja das Bandeiras, o estabelecimento chama-se Casa Mouzinho. Situada na rua que lhe deu nome, a Rua Mouzinho da Silveira, a loja continua hoje de portas abertas, depois de se ter estreado no comércio portuense há mais de 50 anos. Hoje é o único estabelecimento, na cidade Invicta, especializado na produção e venda de bandeiras.

Sindicatos, câmaras municipais, grupos de folclore e juntas de freguesias são, hoje, alguns dos clientes mais habituais da loja das bandeiras. A Casa Mouzinho aceita encomendas e faz bandeiras conforme os pedidos dos clientes, demorando entre três a cinco dias a entregar as bandeiras encomendadas. Localizada num ponto turístico da cidade, a loja também chama turistas que preferem as bandeiras das suas nações.

O JPN teve acesso ao atelier da Casa Mouzinho, onde desenhos ganham vida no tecido e dão lugar a bandeiras. A folha de bordo da bandeira do Canadá, a estrela de David da bandeira israelita e a cruz jamaicana são alguns dos moldes pendurados na parede, usados para dar vida a bandeiras. Os rolos de tecido, de várias cores, estão pousados na mesa usada para cortar o pano. Não muito longe, num armário, estão os moldes das bandeiras, desenhadas em papel de seda.

Com um estilo mais fresco e novo, a Casa Mouzinho foi reabilitada recentemente com a ajuda do Porto Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) e em colaboração com o senhorio do prédio onde se encontra a loja. Para já, Moisés Paiva continua à frente do negócio, mas revelou que a sua filha, formada em artes, começou a trabalhar na empresa recentemente.