São sete os candidatos à Câmara de Matosinhos, que, atualmente, veste a camisola socialista com Guilherme Pinto. Um estudo da Eurosondagem, realizado entre 20 e 21 de agosto, aponta para uma reeleição do autarca, agora independente (32,9%). Contudo, o novo candidato socialista, António Parada, aproxima-se do atual presidente, com 31% das intenções de voto. Caso se confirmem estas projeções, ambos os candidatos contarão com o mesmo número de vereadores (quatro) no mandato que terá fim em 2017. O PSD e a CDU constituem os outros partidos que, de acordo com a sondagem, poderão também nomear elementos para o executivo municipal.

Guilherme Pinto (Independente)

Atual presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto recandidata-se à liderança do município como independente, juntamente com três vereadores saídos do Partido Socialista (PS).

Sob o lema da “continuidade, solidariedade e crescimento económico”, o grupo que compõe a candidatura “Por Matosinhos” define a sua estratégia de ação com base no sucesso do mandato ainda vigente. Guilherme Pinto afirma, neste sentido, que “em equipa vencedora não se mexe”. Com efeito, o autarca promete uma atitude que apenas pode ser entendida no seguimento do que tem vindo a ser a sua política desde a sua primeira eleição, em 2005.

António Parada (PS)

Desde 2005 presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, António Parada é, agora, candidato à Câmara da mesma cidade, pelo Partido Socialista. Nascido em Matosinhos, António Parada tem 47 anos e é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Universidade Fernando Pessoa.

O candidato socialista quer uma aproximação com o povo da cidade, postura visível em frases de campanha como “Mais perto de si!”. As principais prioridades de António Parada para a cidade são o apoio às famílias, para que estas vejam na autarquia um “porto de abrigo”, a criação de emprego e a requalificação do centro urbano.

Pedro Vinha da Costa (PPD-PSD)

Depois de se ter licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Pedro Vinha da Costa, o candidato do Partido Social Democrata à Câmara de Matosinhos, foi membro da Comissão Política Nacional do PSD, chefe de gabinete de Marques Mendes e, durante sete anos, deputado à Assembleia da República.

Vinha da Costa foi, também, presidente da Junta de Freguesia de Massarelos, no Porto. Quando confrontado sobre uma possível coligação com o CDS-PP, o candidato à Câmara afirma que não vê isso como hipótese.

José Pedro Rodrigues (PCP)

O candidato apresentado pelo Partido Comunista tem apenas 35 anos e é natural de São Mamede de Infesta. Licenciado em Comunicação Social pela Universidade do Minho, José Pedro Rodrigues quer tentar reverter o atual panorama e atribuir representação ao PCP no executivo camarário matosinhense.

O partido destaca, como principais preocupações, a nível local, a elevada taxa de desemprego jovem, o vasto leque de potencialidades que consideram desaproveitadas, e as guerras partidárias que se têm dado no seio do executivo e têm afrouxado o desenvolvimento do Concelho.

José Pedro Rodrigues aponta a criação de novas zonas industriais e de um Conselho Municipal responsável pela gestão das diversas atividades económicas como possíveis medidas de superação da crise vivida no município. Além disso, o PCP defende a implementação de processos simplificados de licenciamento a estabelecimentos (nas áreas da pequena indústria, comércio tradicional, restauração e serviços) e a requalificação da rede viária municipal.

Manuel Maio (CDS-PP)

No início da carreira, Manuel Maio foi mediador de seguros, empresário e gestor em empresas nacionais e internacionais. Agora, com 62 anos, e como atual presidente da Junta de Freguesia de Ramalde (ocupa o cargo há três mandatos consecutivos), candidata-se à Câmara de Matosinhos pelo CDS-PP.

Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Fernando Pessoa, Manuel Maio foi, em 2005, como presidente da Comissão Política Conselheira do CDS-PP, subdiretor da recandidatura de Rui Rio à Câmara do Porto. Atualmente, o candidato do CDS-PP é diretor geral da Universidade Intergeracional Fernando Pessoa e, até há pouco tempo, presidente da direção do Boavista Futebol Clube.

Fernando Queiroz (BE)

Fernando Queiroz é economista e foi escolhido pelo Bloco de Esquerda para liderar a candidatura à Câmara de Matosinhos. A necessidade de políticas locais de combate à emergência social, de incentivos à participação dos cidadãos e de defesa dos serviços públicos são algumas das causas por que quer lutar.

Por outro lado, a taxa de desemprego do Concelho, fixada nos 15%, é uma das principais preocupações. Fernando Queiroz aponta, por isso, a necessidade de criação de um plano local de apoio ao emprego no qual estejam envolvidos a Câmara Municipal, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, as Pequenas e Médias Empresas e as entidades formadoras.

Orlando Cruz (PTP)

Inicialmente inserido na corrida à Câmara do Porto, Orlando Cruz desistiu da sua candidatura por motivos pessoais e foi incentivado pelo Partido Trabalhista a concorrer a Matosinhos, terra de onde é natural.

Uma das principais intenções de Orlando Cruz é a de assemelhar a cidade de Matosinhos a outras, como Paris ou Lyon, pelo menos nas questões ambientais. O candidato admite ter as pessoas como projeto central e a fiscalização da Doca Pesca como grande preocupação, já que considera esta como uma ameaça à rentabilidade das tradicionais peixeiras matosinhenses.