Em relação a 2012, a quebra de colocados no ensino superior é de 4%. A estatística é do Ministério a Educação e da Ciência (MEC) e tem por base os alunos matriculados na 1.ª fase e os colocados da 2.ª.

Números da 2.ª fase

Vagas a concurso
2013 – 20 818
2012 – 18 197

Candidatos
2013 – 17 363
2012 – 18 849

Colocados
2013 – 11 486
2012 – 11 365

Em relação às colocações desta 2.ª fase, cujas candidaturas terminaram a 20 de setembro, houve apenas menos 26 alunos colocados em relação ao ano anterior – na 1.ª fase foram menos três mil. No entanto, registaram-se menos 1550 candidatos – já na 1.ª fase se tinham registado menos cinco mil.

Menos candidatos e mais vagas (ver caixa) resultou em cerca de 12 mil lugares por ocupar – 11 648, para ser exato. Ou seja, três mil vagas sobrantes em relação a 2012 – eram nove mil.

O aumento do insucesso escolar no ensino secundário e a crise que o país atravessa são duas das justificações mais apresentadas por reitores e investigadores, na tentativa de justificar a quebra de alunos, que se acentua desde o ano passado. As famílias, com o aumento do desemprego, deixam de confiar nas garantidas de uma licenciatura.

Juntando o facto de mal conseguirem suportar as despesas, preferem não investir numa formação que já não lhes dá garantias de retorno. Tanto que, dos cerca de 160 mil alunos inscritos nos exames nacionais, apenas 57% manifestaram intenção de se candidatarem ao ensino superior.

Entretanto ainda resta a 3.ª fase, mas esta é geralmente a menos concorrida de todas. Com poucas probabilidades de se atenuar as diferenças, este pode bem ser o concurso de acesso com os piores resultados da última década, no que se refere a novos alunos. Atualmente, 76 cursos ficaram sem qualquer aluno colocado.