O museu do FC Porto foi inaugurado este sábado, no dia em que o clube completou 120 anos. Anunciado como uma das grandes obras de Jorge Nuno Pinto da Costa, os portistas conseguem inaugurar, assim, no Estádio do Dragão, com a parceria do banco brasileiro BMG, um espaço de culto para recordação das muitas vitórias das últimas décadas.

Como não poderia deixar de ser, Pinto da Costa – juntamente com Ramalho Eanes, ex-Presidente da República, e Ricardo Guimarães, presidente da instituição brasileira – foi o primeiro a chegar ao museu. Com a presença de inúmeras figuras ilustres do panorama “azul e branco”, desde ex-jogadores a conhecidos adeptos, foram vários os convidados que marcaram presença.

Para que esta viagem ao coração e alma do FC Porto começasse da melhor forma, D. Januário Torgal Ferreira, antigo Bispo do Porto e atualmente das Forças Armadas, benzeu o espaço. Seguiram-se as apresentações formais e, finalmente, abriram-se as portas do novo local de culto dos “dragões”. Para a estreia do museu houve uma obra de arte em destaque: “Grito da Valquíria”, da autoria da artística plástica portuguesa Joana Vasconcelos.

Melhor equipa da história do FCP

Vítor Baía
João Pinto
Ricardo Carvalho
Aloísio
Branco
André
Deco
Madjer
Hulk
Futre
Gomes

No entanto, são as vitrines repletas de títulos nacionais e internacionais, com imagens e memórias das grandes vitórias europeias do FC Porto, que mais impressionam. De Viena a Dublin, passando por Gelsenkirchen e Tóquio, o museu “azul e branco” leva os visitantes a uma viagem de 120 anos por memórias repletas de conquistas. Sem esquecer as modalidades e todos os presidentes e treinadores que passaram pela casa do “dragão”, o novo espaço revela ainda aquele que foi considerado o melhor onze da história dos portistas (ver caixa).

A presença da baliza onde Madjer deu a Taça dos Clubes Campeões Europeus ao FC Porto, em 1987, e a existência de um balneário onde estão presentes os quadros táticos usados por José Mourinho e André Villas-Boas na final da Taça Uefa, em Sevilha, e no jogo do título, em 2011, na Luz, respetivamente, são outros dos pontos altos da visita ao mundo “azul e branco”.

António Oliveira a presidente?

António Oliveira , ex-selecionador nacional e ex-treinador portista, foi um dos presentes e realçou a importância do museu para o clube e para a Invicta, ao espelhar o FC Porto no panorama desportivo mundial. Apontado por muitos como possível sucessor de Pinto da Costa na presidência dos “dragões”, Oliveira preferiu destacar o papel do atual líder “azul e branco”, não perspetivando uma possível candidatura.

Quando as antigas glórias vão ao museu

Para Vítor Baía, que venceu a Taça Uefa e a Liga dos Campeões com os portistas, este museu é o corolário da história grandiosa do clube. O antigo guarda-redes acredita que, ao leme de José Mourinho, fez parte de uma das maiores equipas do FC Porto. Artur Jorge, que era o treinador do clube aquando da vitória de 1987 em Viena, frente ao Bayern de Munique, fica satisfeito por ver um clube como o FC Porto a crescer cada vez mais e a poder finalmente ter um espaço onde possa recordar toda a sua história.

Miguel Guedes, vocalista dos Blind Zero e conhecido adepto portista, recorda com saudade as grandes vitórias do clube e não esconde a emoção por ver todas elas juntas num só espaço. Para o “Engenheiro do Penta”, Fernando Santos, ex-técnico de FC Porto, Benfica e Sporting, este novo museu reflete a grandeza de um clube que tem feito muito pelo futebol português.

No meio das memórias portistas, muitos jogadores emblemáticos também estiveram presentes. Desde João Pinto a Fernando Gomes, passando por Helton e Secretário, um dos principais destaques foi a presença de Mário Jardel, que atuou no FC Porto entre 1996 e 2000. O antigo ponta-de-lança confessou estar contente por rever velhos amigos e por entrar na história dos “azuis e brancos”.