Perto das 10h deste sábado, os participantes iniciavam os exercícios de aquecimento e a organização dava o mote: “Aqui não há vencedores, nem vencidos”. No “Call of the Wild” o importante é superar os diferentes obstáculos que vão aparecendo no percurso. Dado o tiro de partida, as sapatilhas começaram a andar em diferentes ritmos e rapidamente as camisolas brancas se sujaram. Os participantes tiveram de saltar obstáculos, correr pela água e rastejar na lama. A chuva tornou o solo mais enlameado e a corrida mais selvagem.

Para Filipe Sousa, de 32 anos, e a correr pela primeira vez neste tipo de prova, a iniciativa é louvável: “Andamos no meio dos arbustos, nos lagos e por caminhos que, para alguém que frequenta o Parque todos os dias, não conhecia”. Já Vera Silva, de 38 anos, destaca a combinação entre “natureza e desporto”. Contudo, a prova exige alguma preparação física e, para o personal trainer Pedro Silva, também participante na corrida, é preciso “ser capaz de correr, no mínimo, uma hora. Meia-hora de corrida contínua porque é um esforço intermitente já que, em certos pontos, é possível caminhar”.

Tiago Martins, um dos diretores da prova, considera que as expectativas foram superadas. Uma má colocação da indicação de trajetória gerou alguma confusão entre os participantes, mas o responsável até viu a situação com bons olhos: “Obrigou que as pessoas dessem mais duas voltas a um campo de futebol o que, para mim, não me incomoda nada, porque se cansaram mais um bocadinho”. O “Call of the Wild” parte agora para outras cidades no Norte, antes de ir para Coimbra e Leiria, tendo já agendadas seis corridas até ao fim do ano.