Rui Moreira só toma posse como novo presidente da Câmara do Porto esta terça-feira, mas, antes do ato oficial, o autarca independente fez questão de negociar com Manuel Pizarro, candidato pelo Partido Socialista (PS) nas últimas autárquicas e o segundo mais votado nas eleições, a formação de uma coligação que possibilitasse enfrentar os próximos quatro anos com maioria absoluta.

Este domingo, a candidatura de Rui Moreira emitiu um comunicado a dar conta desse mesmo acordo. Com o objetivo de “garantir a governabilidade estável, eficiente e competente na Cidade do Porto e, mais especificamente, na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas Juntas de Freguesia”, pode ler-se, este “governo da Cidade do Porto será imparcial e estará exclusivamente dirigido ao serviço de todos os portuenses, qualquer que tenha sido o seu voto ou qualquer que seja a sua filiação partidária ou tenha sido a sua simpatia por esta ou aquela candidatura”.

Desta forma, e tendo em conta que, entre Rui Moreira e Manuel Pizarro reconhece-se “a existência de pontos significativos em comum e que consideram fundamentais”, foi acordada a “atribuição de pelouros a vereadores eleitos pelo PS”, a fim de aproveitar “a especialização dos diferentes vereadores e a capacidade de exercerem o seu mandato de um modo o mais eficaz e profissional possível, com benefício geral para a governação da Cidade do Porto”.

Por fim, é assegurado “perante a Cidade do Porto e os Portuenses o compromisso solene de trabalhar em conjunto no Governo da Cidade, com lealdade, boa-fé e espírito de cooperação plenos, acolhendo como princípio geral orientador a vontade dos Portuenses, tal como expressa nas eleições de 29 de Setembro“, refere o comunicado.