Alunos de “todos os anos e cursos” da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP) uniram-se esta quinta-feira, em frente à instituição, num projeto coletivo de protesto que resultou num mural de mensagens – umas mais diretas, outras mais sublimes – contra o que, segundo Valter Cabral, da associação de estudantes (AEFBAUP), dizem ser o “grande sufoco das faculdades”, provocado pelo Orçamento de Estado previsto para 2014.

As razões, mais em específico, já são conhecidas: falta de espaço para trabalhar, quer pela dimensão das salas quer pelos horários pouco alargados e o valor das propinas, tendo em conta as “condições oferecidas aos estudantes”.

Francisco Laranjo, diretor da FBAUP, confirma que existe “falta de meios” e que a instituição está numa “situação complicadíssima”. Já reuniu com os estudantes, mas diz não ter “condições para a mudar” na totalidade. Contratar mais técnicos para manter algumas oficinas abertas para além das seis da tarde, por exemplo, é impossível. Alguns pequenos problemas, no entanto, encontram solução: o curso de Design já tem sala própria. Acabou-se o trabalho na sala de convívio.

Por isso, considera que há de facto “razões para protestar” e está solidário com os problemas dos alunos. Aos alunos com dificuldades – “casos residuais”, diz – a faculdade tem “facilitado o pagamento [das propinas] em diversas prestações”, por exemplo”, para que não seja por causa disso que não tirem o seu curso”.