Foi neste domingo que Atenas se juntou para relembrar a data (17/11/1973) que ajudou ao regresso da democracia, na Grécia. O dia ficou marcado pela luta contra o fascismo, numa altura em que partidos de extrema-direita vão ganhando apoiantes. A luta contra a homofobia e por melhores direitos dos imigrantes também se fez mostrar.

Os ativistas começaram a manifestação no centro estudantil, onde se acumulavam flores e mensagens em memória dos estudantes mortos. Todas as ruas, estações de metro e lojas foram fechadas devido à grande adesão de pessoas que desfilavam pela cidade. Os milhares de cidadãos foram parando em pontos importantes da cidade, como o Parlamento, e o trajeto acabou na embaixada dos EUA, devido ao apoio que os norte-americanos prestavam à ditadura.

Durante a manifestação, milhares de polícias foram destacados para vigiar a movimentação popular, inclusive com helicópteros. Estavam equipados com máscaras de gás, coletes à prova de bala e camionetas, para impedir a entrada de carros e, por vezes, a circulação das pessoas. No entanto, não se registaram confrontos de maior e a manifestação acabou por ser pacífica.

Em 1973, um grupo de alunos ocupou o Instituto Politécnico da cidade como protesto contra a ditadura do país. A 17 de novembro, os tanques do exército entraram no edifício para acabar com o movimento, o que resultou em dezenas de mortos e feridos. No ano seguinte, instaurou-se o sistema democrático na Grécia.