André Romão, Diogo Evangelista e Nádia Rodrigues Ribeiro. Convém memorizar estes nomes. A razão é simples: estes são os vencedores do prémio BES Revelação 2013, que distingue, anualmente, os novos talentos na área da fotografia.

Atribuído pelo Banco Espírito Santo (BES) e pela Fundação de Serralves, é, atualmente, um dos prémios mais cobiçados no meio. Mais uma vez, a escolha dos vencedores foi entregue a um júri internacional, composto por Guillaume Désanges, curador que trabalha em Paris; Marina Fokidis, diretora da Kunsthalle Athena, em Atenas, e da revista South; Nav Haq, curador no MHKA, em Antuérpia; e Filipa Ramos, curadora independente portuguesa.

Daqui resultou uma votação unânime nos três nomes já referidos, que terão direito a uma exposição, a ser inaugurada segunda-feira, 25 de novembro, às 22h, no Museu de Serralves.

André Romão, jovem de 29 anos, natural de Lisboa, vai apresentar uma projeção vídeo de uma colagem dos vários fragmentos do friso ocidental do Pártenon, “que através do seu próprio desmembramento relata e sintetiza a história do Ocidente”, refere Serralves, em comunicado.

Diogo Evangelista, também com 29 anos e de Lisboa, mostrará uma instalação vídeo, socorrendo-se das “convenções do falso documentário (mockumentary) para, nas palavras do artista, refletir sobre os ‘arquétipos de deserto, sonho, ilusão, utopia e paraíso’, associando ‘o planeta Marte a um paraíso perdido, representado pelas ilhas de Mauna Kea, no Havai, Faial, nos Açores, Nova Guiné, na Indonésia e Lanzarote, nas Ilhas Canárias’.

Por fim, Nádia Rodrigues Ribeiro, jovem de 29 anos, natural de Leiria, estará representada com mais de 80 imagens “que testemunham a degradação de um ramo de flores. A artista usou uma variedade de processos fotográficos para revelar as imagens, sublinhando a relação da fotografia com a temporalidade”.