Pedro Ferreira tem 24 anos, está no último ano do Mestrado Integrado em Arquitetura e é ele que dá a cara pela Lista A, candidata à representação dos estudantes no Conselho Geral (CG) da Universidade do Porto (UP), mas deixa bem claro que é só isso: dar a cara, porque o projeto é de todos.

Os candidatos

Os efetivos da Lista A acreditam que a pluralidade, “plenamente assegurada”, é um dos pontos mais fortes da lista. “Tivemos a preocupação de ter candidatos dos três pólos, que também abarcassem as diversas áreas de estudo que a universidade oferece, da licenciatura ao doutoramento”, explica Pedro. É verdade: Pedro é da da Faculdade de Arquitetura (FAUP), Luís da de Farmácia (FFUP), Diogo Faria está a tirar o doutoramento na de Letras (FLUP) e Nuno Abrunhosa representa Engenharia (FEUP). Os suplentes dividem-se entre Psicologia, Medicina, Design e Direito.

Ainda assim, foi Pedro que, com Luís Azevedo (outro dos quatro candidatos efetivos da lista), deu origem à candidatura “Enquanto Há Força”: “Achámos que era o momento de criar uma base sólida de trabalho que pudesse contribuir, neste momento para este órgão”, explica. A verdade é que não só esta dupla mas todos os envolvidos “têm um percurso académico acompanhado por este tipo de participação” e, portanto, esta experiência é só mais um contributo para alimentar o “bichinho” da representação e do associativismo, que partilham.

Ainda não lançaram um manifesto público e definitivo, porque antes disso querem reunir com várias entidades da universidade, do Centro Desportivo (CDUP) aos Serviços de Ação Social (SASUP), para com elas discutirem as ideias que já têm. No entanto, Pedro garante que a candidatura se rege por cinco princípios que defendem “afincadamente” e os distingue, “em larga escala, das outras listas”, acredita Pedro. São eles: Independência, Autonomia, Participação, Exigência e Justiça.

Acima de tudo, Pedro sublinha que, na candidatura para o CG, “não há um programa eleitoral em questão, mas uma ideia de universidade” e que, na altura de votar, é preciso que os estudantes saibam qual é a ideia de cada lista e com qual mais se identificam. Pior do que um elevado número de abstenção, diz Pedro, é uma “participação desinformada”. “Não é esse o objetivo, pelo menos da nossa lista. A participação dos estudantes deve ser massiva, mas mais importante que isso, deve ser informada e coerente”, afirma.

“O interesse de defesa dos estudantes, partilhamos todos”

Outras listas

Lista B
Lista C
Lista D

Mas “a preocupação não é chegar aos estudantes só no dia das eleições: é também antes e depois”, diz. Por isso, garante que a lista A assumirá sempre “a responsabilidade de fazer um esforço no apelo à participação dos estudantes” e à auscultação dos seus problemas.

Neste aspeto – e em outros – louva o desempenho dos colegas que representaram os estudantes nos últimos dois anos. “Fizeram um excelente trabalho”, diz, e relembra a questão do congelamento do valor das propinas. Esse é outro tema que também os preocupa.

Caso seja eleito e partilhe a representação com outros colegas de listas e ideais diferentes, através de um sistema eleitoral que diz ser “democrático”, Pedro acredita que não haverá problemas de entendimento: “O interesse de defesa dos estudantes, partilhamos todos, e isso é o mais importante”, diz.