“Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, da autoria de Manuel Jorge Marmelo, foi considerada, esta quinta-feira, a obra merecedora do Prémio Correntes d’Escritas 2014.

Neste que está a ser o primeiro dia do encontro literário da Póvoa de Varzim, a divulgação da principal distinção do evento foi, como já é hábito, um dos pontos mais altos. Para Jorge Marmelo, ainda mais. O prémio “vem na altura mais complicada da minha vida, uma vez que estou desempregado”, disse o escritor e ex-jornalista do Público.

Segundo o júri, “Uma Mentira Mil Vezes Repetida” superiorizou-se às restantes 14 obras candidatas por ser “uma singular parábola sobre a literatura e o seu poder redentor”, demonstrativa da “maturidade do autor no domínio da narrativa”. Escolhida por maioria, “Uma Mentira Mil Vezes Repetida” ficou, na verdade, em consideração numa lista reduzida de cinco entre as 15 obras concorrentes. Rui Zink, Juan Marsé, António Cabrita e Ricardo Menéndez Salmón, com “A Instalação do Medo”, “Caligrafia dos Sonhos, “A Maldição de Ondina”, “A Luz é Mais Antiga que o Amor”, respetivamente, estavam nessa lista final.

Manuel Jorge Marmelo achou que “dificilmente teria ali alguma possibilidade de vencer”. Enganou-se.