Um engenheiro e um programador nova-iorquinos criaram as “Big Rig”, autênticas secretárias de trabalho convencionais, mas a pedais de bicicleta.

“Com uma eficiência de quase 97%, a tecnologia das bicicletas é praticamente perfeita. Por que é que as usamos apenas como meio de transporte?”. A pergunta é deixada no site oficial por Steve Blood (engenheiro) e Andy Wekin (programador), que prometem trazer a bicicleta para as mais variadas tarefas do quotidiano.

O objetivo é produzir energia elétrica para alimentar desde eletrodomésticos, carregadores de telemóvel até computadores, contribuindo para um estilo de vida mais saudável e amigo do ambiente, reduzindo a “pegada ecológica” de cada mini-produtor de energia.

Durante os últimos cinco anos, os dois amigos estudaram as melhores formas de ligar à produção de energia aquele que é um dos meios de transporte mais usados em todo o mundo, e que tem vindo a ser cada vez mais utilizado e adaptado à vida citadina.

As bicicletas inovadoras são feitas à mão, com quadros de aço. A energia gerada pela força de tração da engrenagem oferece múltiplas vantagens. Para além de combater um estilo de vida mais sedentário para quem trabalha maioritariamente sentado, aumenta o nosso consumo de energia verde, já que um adulto consegue produzir em média cerca de 75 watts a cada duas horas, potência mais do que suficiente para o consumo diário de um computador portátil, por exemplo.

Também as tarefas ligadas à agricultura podem beneficiar destas vantagens, recorrendo ao modelo Pedal Genny, mais móvel e passível de ser adaptado a várias situações. Desde bombear água, até moer frutos e sementes, pode alimentar qualquer dispositivo mecânico que exija menos de 745 watts.

Por serem feitas à mão, é gasto mais tempo e dinheiro. Por isso, o preço a que são atualmente vendidas traduz-se num investimento inicial muito custoso para grande parte das famílias. Em média, cada bicicleta custa cerca de dois mil dólares (ou 1,4 mil euros), enquanto que a Pedal Genny ronda os 250 euros.

No final do ano passado, mais de 400 pessoas ajudaram Steve e Andy a juntar 22 mil dólares na plataforma de crowdfunding Kickstarter. O objetivo foi dar a primeira pedalada em direção a uma maior acessibilidade a estas máquinas, para que um dia elas se tornem “tão económicas e generalizadas quanto a bicicleta”.