Sophia de Mello Breyner Andresen vai ser homenageada no Panteão Nacional. A informação é avançada no Diário da República, onde se pode ler que aquela era “a escritora universal, a mulher digna, a cidadã corajosa, a portuguesa insigne”.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto e foi a segunda mulher a receber o Prémio Camões, em 1999. A escritora foi, durante o período de ditadura, co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, e foi eleita deputada da Assembleia Constituinte, após a revolução de 25 de abril de 1974.

A escritora portuense vai ser homenageada no ano em que se assinalam 10 anos da sua morte. A resolução em Diário da República dá conta da formação de um grupo de trabalho com representantes de cada grupo parlamentar que estão encarregados de escolher a data para a transladação, para além de definir e orientar o programa para esta homenagem.

Em janeiro, quando a TSF noticiou a possibilidade desta transladação, a filha da escritora, Maria Andresen, pediu para a homenagem ser feita no dia 25 de abril, data em que se comemoram os 40 anos da Revolução dos Cravos.

Na resolução publicada está também escrito que, para Sophia de Mello Breyner, “até ao fim, a sua voz disse as palavras da sua vida: liberdade, justiça, beleza, poesia, dignidade, esperança”. Todos os partidos com assento parlamentar assinaram o projeto de resolução para ser prestada homenagem à escritora no Panteão Nacional.