Esta sexta-feira, 7 de março, comemora-se o 81.º aniversário de um dos jogos mais carismáticos do séc. XX: o Monopólio, originalmente criado em 1933. Contudo, a ideia inicial remonta a 1903, quando uma mulher americana, Elizabeth Phillips, criou um jogo através que procurava explicar a teoria do imposto único de Henry George, um economista norte-americano do século XIX.

O seu jogo, apelidado de “The Landlord’s Game” (Jogo do Senhorio), foi lançado em 1906 e a partir do seu conceito foram criados uma série de jogos de tabuleiro até 1930 que envolviam a compra e venda de terras e o seu desenvolvimento.

Sucesso

O Monopólio tornou-se no jogo de mesa mais popular do mundo, vendendo-se atualmente em 111 países e estando disponível em 43 idiomas diferentes.

Em 1933, nasceu um outro jogo de tabuleiro com uma ideia similar, chamado “Monopoly”, que acabou por se tornar a base do jogo vendido pela Parker Brothers, a partir de 1935. Várias pessoas contribuíram para o seu design e evolução e foi nessa altura que o layout e as cartas do jogo foram produzidas. Em 1936, a Parker Brothers começou a licenciar o jogo para venda fora dos Estados Unidos, sendo que em 1941 os serviços secretos britânicos criaram uma edição especial do jogo para os prisioneiros da Segunda Guerra Mundial.

Em 1973, o professor de Economia Ralph Anspach publicou um jogo anti monopólio, tendo sido processado por violação da marca registada pela Parker Brothers, no ano seguinte. Em 1991, a Hasbro adquiriu os direitos do jogo após comprar a Parker Brothers. Em novembro de 1973 organizou-se o primeiro Campeonato Mundial de Monopólio em Nova Iorque e desde então já foram realizadas mais de doze edições da competição.

O Monopólio “reinventado”

Hugo Silva, licenciado Marketing em 2012, criou um currículo inspirado no jogo Monopólio, com o objetivo de marcar a diferença e chamar a atenção do mercado de trabalho. O jovem explicou ao JPN que utilizou o jogo de uma forma criativa, adaptando-se às principais etapas da sua vida académica. Hugo Silva assinala a componente pedagógica e realística do jogo, concordando que este se torna uma visão da realidade.

Em Portugal, o jogo foi editado pela Majora/Parker Brothers Portugal na década de 1950 tendo em 1961 feito nova edição que, por pressão da Parker Brothers, já usou a designação internacional “Monopoly”. Nas edições portuguesas são usados nomes de ruas importantes, principalmente da capital (Lisboa) e da segunda cidade do país (Porto), bem como de estações de caminho-de-ferro.

“Já não é o monopólio original”

Diogo Oliveira é um dos milhares de fãs do Monopólio em Portugal. O jovem refere que apesar de poder existir uma função educativa no jogo, o grande objetivo do Monopólio é puro entretenimento para os jogadores. Para Diogo, o sucesso do jogo deve-se às estratégias de design e marketing desenvolvidas, na qual destaca a criação de edições especiais do Monopólio. Diogo Oliveira destaca que esta nova realidade inverte aquilo que era o propósito original do jogo.