Entre as 10 escolhidas pelo FEM não foi definida nenhuma ordem de importância específica. Desde gadgets a tratamentos de saúde, a comunidade científica continua a ter como prioridade a melhoria das condições de vida do Homem e do ambiente.

“Body-adapted Wearable Electronics”, ou seja, acessórios pequenos, discretos e sensoriais, como relógios inteligentes, capazes de ajudar o utilizador a analisar e verificar dados sobre o seu estado físico e as condições ambientais que o rodeiam. É caso para dizer que os ponteiros vão fazer parte do passado.

“Nanostructured Carbon Composites”, ou nanotubos e estruturas de carbono, materiais mais leves que serviriam para construir veículos e consequentemente reduzir o consumo dos mesmos. Este material é também reciclável, proporcionando menos problemas ao meio ambiente. Um pequeno alívio para a carteira?

“Mining Metals from Desalination Brine”, em português, dessalinização e reaproveitamento de metais, é um processo que tem em vista não desperdiçar metais que, por norma, se perdem na extração do sal da água. Da salmoura que sobra dessa extração, é possível retirar substâncias valiosas – como lítio, magnésio, urânio, sódio, cálcio e potássio. O ambiente agradece.

“Grid-scale Electricity Storage”, o armazenamento de eletricidade em dispositivos. Dispositivos esses que são carregados rapidamente e tem uma vida útil mais longa. Do mesmo modo, “Nanowire Lithium-ion Batteries” (baterias de silício) vão substituir as comuns baterias de lítio utilizadas em PC’s e telemóveis. Caso essa tecnologia progrida, o resultado traduz-se em baterias que carregam mais rápido e que acumulam 30% a 40% mais energia que as atuais, de acordo com o FEM. Poderão também servir, no futuro, para carros elétricos. Tomadas? Não, obrigado!

“Screenless Display”, aparelhos que dispensam telas e projetores para a visualização de imagens e vídeos. O veicúlo de projeção é o mesmo utilizado para a captação. O fundo branco continua a ser indispensável.

“Human Microbiome Therapeutics”, tratamentos baseados em micróbios humanos que substituirão os antibióticos que, ao serem utilizados, destroem flora intestinal e podem gerar complicações. Os micróbios poderão ser ferramenta para o tratamento de doenças como obesidade ou diabetes. No que diz respeito a saúde existe ainda o “RNA-based Therapeutics”, tratamento ao nível do RNA. Mas o que é o RNA? É um tipo de molécula responsável por traduzir as informações contidas no DNA em produção de proteínas usadas no funcionamento da célula. O problema é que surgem muitos problemas neste processo. Por isso, os cientistas querem agora atuar diretamente no RNA, evitando assim os problemas durante a tradução. Em caso de sucesso, este tratamento pode ser utilizado na luta contra o cancro. Se é para ajudar que venha rápido.

“Quantified Self”, ou seja, uma grande acumulação de informação, por exemplo através de smartphones, que pode ser utilizada para prever determinados comportamentos do utilizador. Seria um “aproveitamento inteligente” dos dados de modo a estabelecer uma determinada relação entre os mesmos e alterações comportamentais. É como estar sob vigia 24 sobre 24 horas.

“Brain-computer Interfaces”, isto é, a criação de mecanismos computorizados que respondam aos impulsos cerebrais. O exemplo mais ilustrativo destes interfaces pode surgir no dia 12 de junho, já que está previsto que o pontapé de saída do Mundial do Brasil seja dado por um tetraplégico. Um sonho mais próximo da realidade.