Vídeo: Hoje é o dia de fazer contas à felicidade

Sabia que 67% dos portugueses se consideram felizes? E que, no entanto, só 2,9% atribui essa felicidade ao dinheiro? Um estudo do Expresso expôs, no fim de 2013, as estatísticas da felicidade dos portugueses.

Se há alguns anos, a definição de felicidade cabia a cada um e era determinada por preconceitos e ideias feitas, a ciência veio por um travão ao “acho que”. Apesar da crise económica, quase 70% dos portugueses se dizem mais felizes do que em 2010.

Foi há pouco mais de dois anos que o economista Gabriel Leite Mota, o primeiro doutorado em Economia da Felicidade, apresentou o conceito ao país. O economista “feliz” explica que as pessoas têm tendência a adaptar-se a situações adversas e que “há um reajustar das expectativas em baixa”. O mesmo acontece com as comunidades, que não podem sobreviver apenas em busca de crescimento económico.

As regiões mais ricas são, de facto, felizes, mas não são as únicas: os países democráticos onde é possível concretizar objetivos e onde há uma grande proximidade entre as pessoas também apresentam elevados índices de felicidade.

“Vai-se andando”

Segundo Gabriel Leite Mota, as pessoas, em média, tendem a não se declarar infelizes, pois acabam por comparar-se exaustivamente com o outro e com o seu “eu” passado. Numa escala de zero a dez, a maior parte das pessoas está acima dos cinco. No entanto, são poucas as que se aproximam dos valores máximos. Para o economista, tendo em conta a crise, Portugal poderia classificar-se melhor, uma vez lhe “falta um conjunto de valências (…) que vão minando as possibilidades de as pessoas serem mais felizes”.

Mesmo com a caixa de correio cheia de contas, há uma que não se pode deixa de pagar, a sua felicidade.