Um dia antes de o JornalismoPortoNet comemorar dez anos, alguns dos pioneiros do órgão, alunos e professores, recordam os primeiros dias do ciberjornal: o que sentiram ao vê-lo nascer, as dificuldades e ainda as perspetivas para o futuro.

Em altura de aniversário, o JPN foi em busca da sua génese. Helena Lima, Pedro Leal, Ana Guedes, Manuel Bento (ver vídeo em baixo), Fernando Zamith, Pedro Rios e Pedro Candeias. Uma lista de nomes extensa, mas a única capaz de realizar esta viagem no tempo.

Fernando Zamith, em conjunto com Pedro Leal, o primeiro coordenador geral do JPN, assume que ver o ciberjornal ser lançado em 2004 foi um “misto de sentimentos“. O docente salienta ainda que os dez anos que o JPN comemora acabam por ser, em termos práticos, 11, visto que não houve mãos a medir no trabalho anterior ao dia 22 de março de 2004.

Já Pedro Rios, ex-editor, não esquece a excitação e desafio que os primeiros dias de trabalho no JPN proporcionaram. Agora na Rádio Renascença, o jornalista considera que o JPN “era uma inovação apetecível por ter apostado cedo em conteúdo diversificado, com vídeo, áudio e até fotogalerias”.

À semelhança de Fernando Zamith, Pedro Candeias, responsável multimédia aquando do nascimento do JornalismoPortoNet, refere o trabalho de preparação do lançamento do jornal online. “Acho que houve mais trabalho da parte de quem esteve a preparar o JPN antes do que da parte de quem estava lá no primeiro dia”, refere. Quanto ao futuro, Pedro Candeias acredita que o sucesso do órgão não depende só de quem o desenvolve. Na sua opinião, “tem que existir uma mudança de mentalidade por parte das pessoas, porque, de facto, veem muitos vídeos na Internet, mas são vídeos de gatinhos e de telediscos”.

O que o futuro reserva não é certo, mas, ainda assim, há ideias do que poderá vir no seguimento destes dez anos. Zamith e Rios apontam a estabilidade e a inovação como as palavras de ordem a seguir no futuro. Dez anos já passaram, esperam-se agora outros dez de ciberjornalismo com a marca do JPN.