No Porto são apenas quatro as Associações de Estudantes já confirmadas no protesto, mas ainda existem contactos a decorrer, para que outras se juntem. Letras (FLUP), Belas Artes (FBAUP), Escola Superior de Educação (ESE) e Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) são as que, no Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), aceitaram a sugestão e juntaram-se a outras Associações de todo o país.

José Miranda, presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras (AEFLUP), espera que, até ao dia da manifestação, mais associações se juntem ao coro de críticas. No entanto, afirma que “mesmo que nem todas vão, as críticas ao Governo são unânimes.”

Os motivos para esta manifestação são muitos e vão desde preço de fotocópias, deslocações para estágios, falta de financiamento às políticas de propinas. O dirigente da AEFLUP diz que o Orçamento de Estado tem que ser reforçado para o Ensino Superior e salienta o facto de “esta política de propinas excluir estudantes do Ensino Superior Público”, algo que defende que deve ser mudado.

José Miranda acrescenta ainda que “a educação deve ser uma prioridade” e que “não se pode continuar com esta lógica obsessiva e autoritária que não conduz a outra coisa que não o falhanço das políticas educativas em Portugal”.

O mesmo dirigente destacou ainda que “a manifestação faz parte de um ciclo de protesto” que se inicia no dia 24 de março, Dia Nacional do Estudante. “Este dia será assinalado com várias iniciativas em grande parte das faculdades”, garante.

A manifestação de 2 de abril começará no Largo do Carmo e terminará na Assembleia da República, sendo que para os estudantes do Porto que queiram participar, estão a ser garantidos autocarros, a cargo das associações.