A 2.ª edição do “Concurso de Textos Teatrais” já arrancou e pretende encontrar pessoas que queiram ver as suas obras divulgadas nos palcos. Não há muitos critérios para os candidatos, tanto o tema como o género do texto é livre e podem ser enviadas até três obras, individualmente ou em grupo, assinadas com um pseudónimo.

Raquel Sousa, presidente do Teatro Universitário do Porto, considera que não há falta de dramaturgos portugueses, mas sim de meios para chegar até eles. “O que é difícil é as pessoas portuguesas terem acesso aos dramaturgos portugueses, porque, em produção escrita, Portugal sempre foi um lugar onde muita gente escreve. O problema é chegar às pessoas que leem e o objetivo deste concurso também é esse, procurar que as pessoas consigam divulgar o seu trabalho, que as pessoas vejam por que um texto para teatro tem sempre a vantagem de levar o publico a ler, é muito interessante nesse sentido”.

1.ª edição do Concurso de Textos Teatrais

“A Nossa Senhora da Açoteia” foi a peça vencedora da 1.ª edição em 2012. Luis Campião, dramaturgo da composição, também ganhou o prémio do Instituto Camões. A peça foi levada a cena e estreada no dia 13 de dezembro de 2012 com encenação de Nuno Marques e interpretação de Gonçalo Gregório.

A 2.ª edição de Textos Teatrais “é importante para pessoas que estejam à procura de lançar a sua carreira em dramaturgia”, adianta Raquel Sousa, acrescentado ainda que “o TUP tem um público fiel”. “Podemos garantir que o espetáculo vai ser visto e ouvido por muita gente”, diz.

Os guiões vão ser avaliados por cinco júris: três figuras relevantes do panorama teatral e literário portuense, que ainda não foram divulgados, a presidente Raquel Sousa e outro membro do TUP.

Os critérios de avaliação vão ser definidos pelos júris, mas vão ter em conta a “noção de cena, a qualidade da escrita, originalidade, pertinência e atualidade”, revela a presidente.

No final, o Teatro Universitário do Porto garante ao vencedor a encenação da obra e, se possível, a sua publicação.