Uma fotografia tirada na revolução dos Cravos serviu de inspiração para Margarida Rêgo criar o primeiro filme, uma animação experimental sobre fotografia. A curta-metragem é um projeto do mestrado em Design de Comunicação na Royall School of Arts, de Londres, que Margarida frequenta.

A curta, intitulada “A Caça Revoluções”, foi selecionada para a Quinzena dos Realizadores que decorre em paralelo com o Festival de Cinema de Cannes, de 15 a 25 de maio. A nomeação do filme português foi anunciada ontem, dia 22 de Abril.

O 25 de Abril também no IndieLisboa

“A Caça Revoluções” de Margarida Rêgo vai também integrar o festival IndieLisboa, na competição de curtas-metragens. O festival de cinema lisboeta começa esta quinta-feira, dia 24 de abril.

Na sinopse pode ler-se que Margarida “tenta entrar nessa fotografia à procura de um país, como quem quer entrar dentro de um tempo em que não viveu e perceber o que significa fazer parte de uma revolução ou o que significa lutar por um país”. A autora pretende questionar a nostalgia que paralisa as pessoas e dá o exemplo do sentimento que a sua geração tem pelo 25 de Abril de 1974, apesar de nunca o ter vivido.

O primeiro filme de Margarida Rêgo inclui sons de manifestações e a descrição dos acontecimentos feita pelo jornalista Adelino Gomes há 40 anos. “A Caça Revoluções” é dedicado “a todas as pessoas que acreditam que um país diferente é possível”, como se pode ler no final da curta.