Ticha Penicheiro foi para a Virgínia, nos Estados Unidos da América (EUA), na adolescência, com o objetivo de jogar basquetebol universitário, pela Old Dominion University, e a verdade é que, passados quatros anos, chegou à WNBA. A base portuguesa liderou a sua universidade até ao título, em 1997. Em 1998 juntou-se às Sacramento Monarchs, como rookie, e, nesse mesmo ano, ficou no terceiro lugar, na votação para “Rookie do Ano”. Em 1998 foi eleita “Wade Trophy”, prémio que distingue a melhor jogadora do campeonato universitário.

A carreira de sucesso começava a desenhar-se e prémios individuais foram-se sucedendo. Esteve quatro vezes no WNBA All-Stars, duas vezes na equipa ideal do campeonato, é a jogadora com mais assistências na WNBA e detém o recorde de roubos de bola num só jogo: dez.

A nível coletivo, a sua carreira atingiu o auge com a conquista da WNBA, em 2005, pelas Sacramento Monarchs. Um ano mais tarde, a portuguesa foi também escolhida para a equipa da década do principal campeonato de basquetebol.

O reconhecimento nacional

O reconhecimento não é só além-fronteiras. Em 1999, o Presidente da República, Jorge Sampaio, homenageou-a com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, mais tarde, em 2005, o Governo condecorou-a com a Medalha de Honra e Mérito Desportivo.

O percurso recheado de vitórias de Ticha Penicheiro deu-lhe reconhecimento nos EUA, mais concretamente no estado da Virgínia. Como prova, a distinção para o Hall of Fame neste mês de abril.

À parte das conquistas em solo americano, Ticha também conquistou na Europa. Por entre épocas na WNBA deu “pulos” até ao “velho continente”, para conquistar uma Taça de Itália, em 2001/2002, dois campeonatos da Polónia, entre 1999 a 2001, e um campeonato de França, em 2004/2005. Voou até à Rússia após o título de 2005 na WNBA, para vencer pelo Dinamo de Moscovo a Euro Cup.