As comemorações dos 40 anos do Partido Social Democrata decorreram esta terça-feira, na Alfândega do Porto, e incluíram uma homenagem aos militantes inscritos em 1974, ano da fundação do Partido Popular Democrata, agora PSD, que receberam um diploma de militância, além de outras lembranças, não sendo esquecidos pelo fundador do partido.

“Parabéns pela vossa militância”, disse Francisco Pinto Balsemão, realçando o papel que estes militantes tiveram na expansão do organismo. O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que era “uma emoção muito grande” falar aos militantes “como presidente do partido, também com a responsabilidade de chefiar o Governo”.

“Conseguirmos comemorar os nossos 40 anos orgulha-nos de toda a nossa história”, disse Passos Coelho, que não esqueceu a “enorme perda de todos”, aquando da morte de Francisco Sá Carneiro, um dos fundadores do partido.

Francisco Sá Carneiro foi, de resto, objeto de uma das maiores ovações da noite, presente nos discursos de Pinto Balsemão e Passos Coelho, mas também durante uma evocação de todos os presidentes do PSD.

“Não somos hoje uma fotocópia do partido de 74”

Manuela Ferreira Leite, ex-presidente do partido, disse que a 6 de maio se comemorava “o nascimento de um grande partido português”, um partido “onde cabem ideias diferente e debate de ideologias”. Debate que é “próprio do partido e que é uma das suas características”.

O debate, no seio do PSD, de ideologias diferentes foi reforçado por Marcelo Rebelo de Sousa, para quem o partido “tem sociais cristãos, sociais populistas, sociais conservadores, sociais liberais, sociais democratas, sempre foi assim”.

“Não somos hoje uma fotocópia do partido de 74 e, felizmente, Portugal não é hoje uma fotocópia do Portugal de 74”, disse Pedro Passos Coelho, que considera que o partido se “rejuvenesceu e renovou, tal como o país”.

As comemorações contaram com representações do momento da fundação do partido, atuações musicais e evocações multimédia da história do PPD-PSD, além de a plateia se ter juntado ao coro, ao cantar “Grândola Vila Morena” e o hino nacional. Do outro lado da rua, cerca de uma centena de pessoas juntou-se numa vigília de protesto pelas condições do ensino especial.