O FITA já vai na 27.ª edição e, segundo o Coliseu, local onde o espetáculo se realiza, reúne “mais de 3000 estudantes da Academia do Porto para assistir às melhores tunas da Invicta”, mas, este ano, está a ser contestado por um grande número de grupos e associações de estudantes.

No final do mês de abril, a Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (AEICBAS) divulgou um comunicado onde afirma que a Tuna Académica de Biomédicas (TAB) “viu-se proibida de participar nas audições para o XXVII FITA, tendo sido ainda convidada a abandonar o local”.

Segundo a direção da AEICBAS, isto aconteceu devido a problemas decorrentes de a TAB “ter participado, no final de 2012, no Festival Internacional Tunas Universitárias (FITU), cuja organização esteve a cargo do Órfeão Universitário do Porto (OUP). Em virtude dos conflitos publicamente conhecidos entre o OUP e um grupo praxístico informal, intitulado Magnum Consilium Veteranorum (MCV), e considerando o facto de a TAB ter participado no evento promovido pelo OUP, o MCV decidiu penalizar a Tuna Académica de Biomédicas”.

Também a Tuna da Universidade Católica Portuguesa – Porto (TUCP) foi desconvidada pela Federação Académica do Porto (FAP) para o festival. A promotora e responsável pela organização do FITA escreveu, numa carta endereçada à TUCP, que o convite tinha sido “um equívoco”, enquanto a tuna respondeu pela página oficial de Facebook que o motivo do desconvite era de terem “estado ao lado de uns e contra outros”.

“O objetivo não é dizer que somos melhores ou piores que o FITA”

Uma fonte da organização do Cartolas disse ao JPN que espera que “esta confusão passe ao lado do festival”. “O Cartolas não quer ter nada a ver com o FITA. (…) É uma festa nossa, porque havia tunas que queriam ter a possibilidade de atuar para os seus finalistas e os seus amigos. Não queremos ser comparados com o FITA, o objetivo não é dizer que somos melhores ou piores que o FITA”, explicou.

Apesar de os dois festivais de tunas acontecerem no mesmo dia com uma diferença de meia hora, já que o FITA começa às 20h e o Cartolas às 20h30, a organização descarta concorrência ou “picardias”. “Foi quase uma questão de hábito, as tunas que participam foram durante toda a vida ao FITA, que é às quintas-feiras. Ao mantermos o encontro no mesmo dia continuamos com toda a logística de organização que já tínhamos do FITA”.

Sobre os desentendimentos entre o Magnum Consilium Veteranorum/FAP e as tunas que participam no Cartolas, a organização não se quer alongar, até porque é uma situação “complicada”. “É uma coisa que já devia estar resolvida, que não devia ter acontecido. Escalou por aí abaixo até tomar contornos exagerados”.

O JPN tentou contactar a FAP para obter o testemunho da organizadora do FITA e da Queima das Fitas, mas não obteve resposta.