É um evento com características únicas em Portugal e “responder a uma crescente sensibilidade do público para a especificidade do preto e branco, abandonando o preconceito que relaciona esta estética com obras dos primórdios do cinema” é a razão principal para a criação do festival, diz a organização.

Vai na 11.ª edição e o Black & White (B&W) pode congratular-se por ter percorrido um longo caminho desde a primeira edição, em 2004. Durante o festival vão ser levados a competição 28 vídeos, sete sequências fotográficas e seis áudios, de 17 países diferentes, entre eles Alemanha, Argentina, Croácia, Canadá, Ilhas Faroé, Bélgica e Portugal.

Na competição do B&W vão estar presentes 11 ficções, seis animações, três documentários, quatro videoclipes e quatro vídeos experimentais, sendo que Portugal está representado por André Tentugal, com o videoclip feito para os Peixe: Avião, Salvador Palma e Rui Rodrigues, com “Vida Tramada”, ou Miguel Pinho, que realiza “O Vazio Entre Nós”.

No último dia do festival, decorrem as vertentes de fotografia e áudio

Ao longo de quatro dias, para além das competições, serão levadas a cabo “diversas atividades ligadas ao mundo audiovisual, desde artist talks, screenings, até extensões de outros festivais internacionais”, dizem os responsáveis pelo B&W.

Tiago Pereira, coordenador do canal e arquivo de vídeos “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria“, onde explora a diversidade da música nacional, inicia o festival às 15h. Peter Beyls, professor e investigador belga do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR) continua a artist talk, a partir das 17h.

No segundo dia do festival é André Parente, artista visual, e depois Hilário Amorim, responsável pelo site Videoclipe.pt, a protagonizarem as artist talks do dia. Nelson D’Aires, fotógrafo, fecha o ciclo de conferências às 15h, na sexta-feira.

No sábado, último dia do Black & White, a entrega de prémios e obras premiadas é às 21h45. Os vencedores são distinguidos pelos jurados André Parente, Tiago Pereira, Jerónimo Rocha, Peter Beyls e Nelson D’Aires. No final de cada dia do festival há ainda tempo para as “Noites B&W”, em que a festa continua no Bar das Artes.