A coligação de Esquerda CDU, formada pelo Partido Comunista Português e pelo Partido Ecologista “Os Verdes”, é encabeçada por João Ferreira, deputado ao Parlamento Europeu pelo PCP desde 2009.

Para as eleições europeias de 25 de maio, a Coligação Democrática Unitária tem como principal objetivo a eleição de três deputados para o Parlamento Europeu, algo que não acontece há 20 anos. Contudo, as sondagens do CESOP da Universidade Católica Portuguesa apontam para a eleição de quatro deputados, número que só foi conseguido em 1989.

Como propostas para debate no Parlamento Europeu, a CDU considera que existem “seis direções fundamentais” para o futuro de Portugal e da Europa.

Em primeiro lugar, a “Cooperação entre Estados iguais em direitos, defesa da Democracia e da soberania”. A coligação defende “a rejeição do federalismo” e recusa a redução de número de deputados com assento no Parlamento Europeu. Defende a “reversibilidade de acordos e tratados”. Apela, ainda, à “salvaguarda da democracia e da soberania nacional e a defesa de uma efetiva participação dos povos na determinação do seu destino”.

O segundo pilar da proposta da coligação, “Solidariedade e cooperação. Defesa do direito ao desenvolvimento económico”, destaca a defesa do fim dos memorandos de entendimento e propõe a criação de “um programa de apoio aos países cuja permanência no Euro se tenha revelado insustentável”.

CDU sem interesse em prestar declarações

Segue-se a “Defesa do Emprego. Pelo progresso e a justiça social”, onde se promove o fim de “políticas de intensificação da exploração, de desvalorização dos salários, pensões e reformas”.
A quarta direção da coligação aponta para a “Promoção da cultura e língua portuguesas” e incide na valorização da língua e cultura portuguesas, bem como no “respeito da diversidade e identidade cultural”.

A quinta premissa da CDU incide na “Defesa do ambiente e salvaguarda dos recursos naturais”, que passa pela “rejeição da mercantilização do ambiente” e pela “promoção e elevação da qualidade de vida das populações”. Por fim, a CDU pretende promover “Paz, amizade e solidariedade com todos os povos do mundo”.

O JPN tentou por diversas vezes entrar em contacto com João Ferreira e com a CDU, tendo, inclusive, estado na , a 22 de maio, mas a coligação não se mostrou interessada em prestar declarações.