A iniciativa de oficializar Paredes de Coura como zona musical partiu da Câmara Municipal, cujo presidente é também um dos fundadores do festival. Capitalizar o nome do festival Paredes de Coura era já um objetivo da Ritmos. “Para o país, Paredes de Coura é sinónimo de música, o nome já é mais forte associado a música do que o concelho”, afirma João Carvalho, da Ritmos, produtora do festival.

Carvalho considera “um desperdício” o nome do festival não ser mais aproveitado. É por isso que o projeto servirá para desenvolver a vila para lá do período do festival. Ainda não há atividades confirmadas, mas na semana anterior ao evento já vão acontecer workshops, concertos e conferências, para “viver a música ainda mais intensamente”, mas “sempre debaixo da filosofia” do festival, garante o promotor.

A identidade do festival, que sempre se quis afastar dos grandes festivais, vai continuar a mesma, mas reforçada com a “Vila do Rock”, segundo a Ritmos. Questionado acerca do cartaz da edição de 2014 do Paredes de Coura, João Carvalho diz que está “muito satisfeito” com o cartaz. “Parece-me que é a das melhores edições do passado recente, só podia estar feliz”, conclui.

O festival existe desde 1993 e tornou-se uma referência no panorama musical alternativo em Portugal. O cartaz deste ano já está fechado, com nomes como James Blake, Black Lips ou Janelle Monáe.