O Museu Militar do Porto marcou o início do passeio cultural pelos marcos da Grande Guerra que se encontram no Porto. No Pavilhão das Armas, Alexandra Anjos explicou como Portugal se envolveu na guerra e mostrou alguns dos armamentos usados na altura, expostos no local.

Germano Silva e Luísa Malato não deixaram de mostrar a homenagem prestada pela Junta de Freguesia do Bonfim aos soldados da freguesia. O jornalista realçou que, no Porto, apenas Bonfim e Campanhã tiveram a iniciativa de glorificar os seus soldados.

A Liga dos Combatentes foi o terceiro ponto do percurso. A organização foi fundada depois da Primeira Guerra Mundial. Num espírito de fraternidade, os combatentes que sobreviveram à guerra juntaram-se para ajudar os inválidos, as viúvas e os órfãos dos seus companheiros. Agora, a Liga dos Combatentes é um marco do patriotismo e desenvolve ações de cariz social.

Curiosidades da Grande Guerra

Durante a Primeira Guerra Mundial, Portugal teve apenas um soldado fuzilado. O homem pretendia dar aos alemães o mapa das trincheiras portuguesas. No entanto, foi denunciado antes de o ter feito.

No Quartel General da Região Militar do Norte, o grupo foi recebido pelo Major Abrunhosa, que, ao longo da visita, contou várias histórias do quartel desde a sua edificação, no final da Monarquia. Para além de ser um marco importante da história militar da cidade do Porto, o quartel tem ainda uma sala dedicada a pessoas que lutaram pela pátria, não só na conquista do território português, como também na Grande Guerra.

A estátua do Soldado Desconhecido, na Praça Carlos Alberto, é também um monumento que homenageia os soldados portuenses presentes na Primeira Guerra Mundial. Todos os anos, no aniversário da Grande Guerra, a Liga dos Combatentes costumava celebrar aí uma pequena cerimónia para os sobreviventes da guerra.

O percurso terminou na Reitoria da Universidade do Porto, com a estátua da “Sabedoria”. Este monumento foi construído pelo escultor João da Silva, em memória dos estudantes da Universidade do Porto mortos na Grande Guerra. “Aos filhos desta universidade tão depressa arrebatados pela Pátria a uma vida de sabedoria e de esperança”.