A Federbet levou esta terça-feira, a Bruxelas, uma lista de jogos combinados na época de 2013/2014 e três jogos da II Liga Portuguesa estão sob investigação. As três partidas contam com a participação da Oliveirense, partidas essas em que o clube de Oliveira de Azeméis saiu derrotado.

Os encontros em questão são o Oliveirense – Benfica B (1-2), o Trofense – Oliveirense (3-0) e o Portimonense – Oliveirense (1-0) e, segundo Francesco Baranca, secretário-geral da organização de casas de apostas europeias, estes jogos “não deixam dúvidas” no que diz respeito à combinação de resultados.

Em causa está a anormal tendência de probabilidades nestas partidas e o movimento de capitais nos três jogos, pois, como afirma Francesco Baranca, havia “muito dinheiro” em movimento.

3 em 510

Os três jogos que envolvem a Oliveirense englobam uma lista de 510 jogos sob suspeita por todos os campeonatos europeus.

“Isto está a ser empurrado pela comunicação social”

Contactado pelo JPN, o presidente da Oliveirense, José Godinho, mostrou-se surpreendido, mas desvalorizou a situação: “A posição do clube é a mesma de antes. Estamos surpreendidos com isto, mas entendemos que é uma suposição técnica e que, de certeza, nem está a acusar a Oliveirense”, afirmou.

O presidente do emblema de Oliveira de Azeméis relembra que os três jogos contaram-se por derrotas e garante que não viu nada suspeito na atitude dos jogadores: “É uma situação nova e estranha. Perdemos os três jogos, portanto, não entendo como poderia ter sido combinado. Sei que há muita gente que aposta, jogadores, treinadores, até árbitros, mas nos meus jogadores não vi nada que pudesse indiciar combinação de resultados”, declara.

Quanto ao futuro, José Godinho assegura que o clube vai dar tempo e no momento certo toma uma posição: “Estamos a deixar correr para ver o que vai acontecer, na devida altura tomaremos uma posição. Se houver fundamento que seja verdade, que se investigue e se vá até ao fim e quem for culpado deve pagar pelo crime”.

O presidente da Oliveirense garante ainda que tudo não passa de um exagero da comunicação social: “Isto está a ser empurrado pela comunicação social. Estão a fazer mais disto do que verdadeiramente é: uma suspeita. Não existe nada, nem sei que empresa é, que alcance tem, mas vamos continuar serenos a aguardar”, conclui.