A Rádio Universitária do Porto morou, inicialmente, na Faculdade de Ciências. Com o crescimento do projeto, houve a necessidade de passar para um espaço independente, começando a transmissão a ser feita a partir de Miguel Bombarda. O JPN recorda o trajeto da RUP.

No topo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em 1986, começavam as primeiras emissões da Rádio Universitária do Porto. Ao atingir proporções maiores, tornou-se “complicado gerir o projeto” nas instalações da Universidade, explica João Bonucci, um dos fundadores da rádio. Um dos exemplos disso eram as restrições de acesso ao edifício universitário, que dificultavam a entrada de convidados não pertencentes à faculdade.

Para além das limitações de acesso, o estúdio também não recolhia os melhores requisitos para ser apelidado como tal. “Insonorizações” e falta de condições técnicas eram os principais problemas. Luís António Santos também recorda “instalações rudimentares”, apenas com uma mesa de emissão. “Era uma coisa muito pequena, muito artesanal”, conta.

A cidade e a Universidade estavam na génese do projeto, por isso, com o apoio do reitor, encontraram um sítio “fora do ambiente universitário mas perto da zona típica dos universidades”, explica Bonucci. Na Rua Miguel Bombarda, num edifício com dois pisos, puderam começar a receber pessoas, independentemente de serem estudantes.

No novo edifício, viram que havia condições para ter um estúdio melhorado. Voltaram a receber a ajuda de Alberto Amaral, o reitor, que cedeu “serviços de manutenção para montar um verdadeiro estúdio”. No entanto, Hélder Bastos recorda um “edifício antigo, adaptado, alcatifado”, não muito grande, mas “agradável de se estar”. Ana Isabel Reis e Ricardo Jorge Pinto lembram o espaço apertado e com mobiliário “datado”.

 

O material de estúdio acabou por ser entregue à Federação Académica do Porto (FAP) e o edifício em Miguel Bombarda está inocupável, dado o estado de degradação do espaço.