Quem conhece o meio universitário, já teve a experiência de ceder ou pedir apontamentos, resumos ou exemplos de exames. A meio de uma conversa, Rúben Pimenta colocou a hipótese: E porque não criar uma plataforma com esse propósito? Uma vez que não é um grande conhecedor no mundo da informática apresentou a proposta a dois colegas, o Rúben de Campos e o Hugo Sousa e passado um ano estava lançado o site.

Rúben Pimenta conta ao JPN que, como estudante, “sentia a necessidade de um espaço de partilha de conteúdos. Um espaço onde se pudesse partilhar, sem andar à procura”. Depois da elevada recetividade dos estudantes em relação à plataforma, sobretudo dentro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o projeto teve uma “evolução quase natural”.

Ainda que o objetivo inicial fosse “fazer uma coisa útil para os estudantes”, após o projeto começar a ganhar raízes os fundadores perceberam que a informação é transversal e começa a interessar a pessoas de vários pontos do país. Uma matéria que seja usada por um estudante da Universidade do Porto, pode ser igualmente utilizada por um da Universidade de Lisboa.

Assim, o objetivo passou a ser “eliminar as barreiras entre os países e criar uma rede de conteúdos global, com informação acessível e transversal”. Em janeiro de 2014 surge a versão renovada do “Sebas”.

Atualmente conta quase 700 documentos e mais de três mil utilizadores

World Class Notes” é, de acordo com um dos fundadores, uma plataforma que se distingue das restantes pela globalidade e por oferecer aos estudantes um conjunto de mais-valias, ajudas e incentivos que outras plataformas não contemplam.

“A ideia foi posicionar a plataforma de modo a abrir as portas para o mundo”, realça Rúben Pimenta. A internacionalização do projeto tornou-se fundamental para estudantes que estivessem, por exemplo, em Erasmus e quisessem usufruir deste serviço.

Atualmente conta quase 700 documentos e mais de três mil utilizadores. O fundador desta base de dados indica que já há alguns inscritos a nível internacional, como em Espanha, na Noruega, no Brasil ou em Angola. A equipa da “World Class Notes”, atualmente com seis pessoas, preocupa-se com rentabilizar recursos e permite a troca de documentos.

Há ainda a possibilidade de alocar um documento e receber, por cada transferência, parte do seu valor. O projeto cria também espaços de discussão e pretende que se partilhem valores, também com algumas empresas associadas, que atribuem prémios e descontos.