A máquina, ao serviço da Frubaça, permite aos sumos serem preservados até um máximo de 55 dias, já que a máquina de hiperpressão a frio permite anular as bactérias a cinco graus, sem recorrer ao uso de qualquer tipo de conservantes, aditivos ou açúcares.

A máquina fazia parte da Thermal Engineering Branch da NASA e era utilizada para cortar ligas de foguetões, além de regular um sistema de temperatura dentro dos mesmos, e é agora utilizada para aumentar o período de conservação dos Green Juices, um sumo natural que pode, assim, durar quase até dois meses, enquanto que um sumo caseiro não dura mais do que dois dias.

A SoNatural, detida pela AW Sousa Gilman Lda., tem tido bastante sucesso com os Green Juices, principalmente através das exportações, já que 70% dos sumos são vendidos para fora, principalmente para Inglaterra, Bélgica, França, Espanha e Noruega, sendo que as exportações de sumos representam 30% do volume de negócios da empresa.

“Apresentamos sempre o produto como português”

Miguel Rita, responsável pela internacionalização da SoNatural, prefere dar mais importância aos produtos portugueses utilizados na confeção dos sumos, ainda que “a tecnologia seja um fator importante”. “O que está a ser vendido é a qualidade do sumo”, explica Miguel Rita, reiterando que a SoNatural “não vende máquinas”, embora reconheça a importância que têm para a produção dos sumos.

Um dos produtos destacados é a maçã de Alcobaça, que está por detrás dos Green Juices e que é “a maçã mais doce da Europa”. “Apresentamos sempre o produto como português”, explica Miguel Rita, que acrescenta que também aproveita o facto de Alcobaça ser “uma região demarcada, reconhecida pela União Europeia” para vender o produto lá fora.

Outro dos fatores que o responsável pela internacionalização da marca aponta é o cuidado com a alimentação dos consumidores, algo que já está presente “há dez anos”, mas que se tem vindo a acentuar, até porque, diz, agora um consumidor pode compensar uma ida a um restaurante fast food com “um dos sumos que oferecemos”.