Foi esta segunda-feira apresentado o novo Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), um projeto que nasceu de um protocolo de colaboração entre diversas instituições do ensino superior. O Centro conta com a participação de mais de 100 investigadores e 150 estudantes de doutoramento de instituições de vários pontos do país.

No Porto, o projeto conta com elementos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP). A Universidade de Aveiro (UA) e a Universidade do Algarve (UALG) estão também envolvidos no CINTESIS, tendo ambas profissionais que integram as equipas deste projeto.

O CINTESIS ao microscópio

O CINTESIS conta com quatro grandes áreas de investigação: Investigação Clínica e Serviços de Saúde, Neurociências e Envelhecimento Ativo, Dados e Métodos e Diagnóstico, Doença e Terapêutica. De acordo com o coordenador da unidade, Altamiro da Costa Pereira, estas áreas encontram-se subdivididas em 16 grupos de investigação, alguns “altamente diferenciados e produtivos” e outros ainda “em desenvolvimento”.

Apesar de a ideia já existir e se encontrar em funcionamento há alguns anos, o “novo” CINTESIS passa por uma reestruturação e fusão de três unidades já existentes. Segundo Altamiro da Costa Pereira, coordenador do CINTESIS, os objetivos deste Centro passam por “responder ao problema da falta de recursos”, a partir da criação de um modelo em rede que utiliza “diferentes unidades de ensino para colmatar faltas que estas possam ter individualmente”. O projeto aproveita “a existência de recursos humanos e materiais” já existentes, de forma a centrar is recursos exclusivamente “no fazer e no fazer em rede”.

A apresentação do projeto contou com a presença dos coordenadores das diversas áreas do CINTESIS, de elementos da direção das várias instituições de ensino superior envolvidas e ainda de Sebastião Feyo, reitor eleito da Universidade do Porto. O reitor da UP parabenizou o projeto e afirmou que “continua a ser verdade que Portugal dá muito mais à Europa do que recebe na área da investigação”, defendendo a necessidade de aproximar a investigação portuguesa das redes europeias. “Tenho enorme orgulho na minha universidade, a Universidade do Porto”, acrescentou, a pretexto do novo projeto.

De acordo com o professor Acácio Rodrigues, coordenador da área de Diagnóstico, Doença e Terapêutica, “criar redes europeias e transcontinentais” e “criar valor económico” são dois dos objetivos fulcrais do CINTESIS.