A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, esteve presente, este fim-de-semana, na 9.ª Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, e aproveitou para falar dos planos do partido no combate à discriminação e pelo direito à família, por parte da comunidade gay em Portugal.

A representante do BE anunciou que a questão da adoção e a coadoção por casais do mesmo sexo vai voltar ao Parlamento, já que “todas as crianças têm de ter direitos, todas as crianças tem de ser respeitadas, o preconceito não pode valer mais do que a cidadania”.

Segundo Catarina Martins, o BE vai propor a legislação necessária e o tema voltará à Assembleia da República em setembro. “Com os filhos pela mão, a lutar pela adoção” eram as palavras de ordem do desfile gay, que começou ao início da tarde na Praça da República e terminou em frente à Câmara do Porto, na Avenida dos Aliados.

“A Lei do Casamento é muito importante, mas, na verdade, deram-nos um pastel de nata só com a massa, sem a nata, e isso sabe a pouco. Todos os países que aprovaram a Lei do Casamento aprovaram até mais depressa a lei da adoção do que a do casamento, porque o que estava realmente em causa eram as crianças e não os adultos”, disse João Paulo, da organização da iniciativa, proprietário, diretor e editor da PortugalGay.pt.

Paula Antunes, da organização da marcha, acrescentou ainda que que “Portugal é o único país do mundo” em que “o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido mas nenhum tipo de parentalidade é permitida por pessoas do mesmo sexo ou mulheres solteiras”.