Fundação de Serralves, Fundação Gulbenkian e Centro Canadiano de Arquitetura. São estas as três instituições que Álvaro Siza Vieira escolheu para doar o seu acervo profissional.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o arquiteto manifestou a vontade de que “o trabalho de tantos anos seja de algum modo útil, como contribuição para o estudo e debate sobre a arquitetura, particularmente em Portugal, numa perspetiva oposta ao isolamento”.

Colaboração garantida

Segundo o arquiteto, as três instituições vão colaborar entre si “na catalogação consistente do material e na partilha da pesquisa e programação relacionadas”.

Aquilo que o vencedor do prémio Pritzker vai, assim, disponibilizar para aquelas entidades é um vasto conjunto de materiais, de onde se destacam maquetes e desenhos, que documentam grande parte do trabalho desenvolvido ao longo da carreira. Algo que, na verdade, não é inédito, visto que estes elementos “encontram-se já, alguns desde há anos, em Paris (Beaubourg), em Nova Iorque (MOMA) e em Londres (Niall Hobhouse Collection), nos respetivos arquivos de arquitetura”, relembra Siza Vieira.

No entanto, estas três instituições vão ter a tarefa de potencializar, de uma forma ainda mais significativa, o acervo em causa. Foi por isso mesmo que o arquiteto escolheu, por exemplo, a Fundação de Serralves e a Fundação Gulbenkian, pela “experiência, qualidade e capacidade para desenvolver ou alargar os respetivos arquivos, numa perspetiva de abertura à consulta, divulgação e participação num debate que já não é simplesmente nacional, nem centrado no individual”.

Já o Centro Canadiano de Arquitetura, em Montreal, foi selecionado por Siza por ser “reconhecido pela sua experiência na preservação e apresentação de arquivos internacionais”.