Após uma década a realizar atividades, dos mais pequenos aos mais jovens, foram milhares os “juniores” que passaram pela iniciativa da Universidade do Porto (UP).

A mais recente edição esteve de parabéns, ao assinalar uma década de Universidade Júnior: nela estiveram mais de 5200 estudantes a participar nas 153 atividades distribuídas pelas faculdades. Mas as estatísticas impressionantes não ficam por aqui: segundo dados dos dois últimos anos, avançados pela organização ao JPN, 18% dos caloiros da UP já foram “juniores”. Um número significativo que comprova a importância da iniciativa na hora de decidir o futuro académico.

Um mês de muita logística e organização

Para que, durante um mês inteiro, a UP possa receber tantos alunos, é necessário ter pessoas responsáveis. O trabalho de organização é feito pelos mais de 250 professores e colaboradores e 350 monitores. Ainda assim, a logística não fica por aqui: durante as quatro semanas em que as diversas faculdades são recheadas com jovens de várias idades, as cantinas servem milhares de refeições por dia.

Mas de que forma é feita a divulgação da Universidade Júnior? De acordo com Vítor Silva, um dos responsáveis, a Universidade Júnior chega a diversos países por fazer parte, como membro fundador, da Rede Europeia de Universidades para Crianças. Assim, a Invicta recebe jovens e crianças de Espanha, França, Bélgica e Suécia, mas não só. Há juniores que voam de Moçambique, Angola, México, Tailândia e Macau para aprender mais sobre uma área, cultura e país. A grande parte destes “juniores” são filhos de pais emigrantes.

A Universidade Júnior também funciona como prémio. Muitos “juniores” embarcam nesta aventura como recompensa do seu aproveitamento escolar. De todos os cantos dos países, muitas crianças e jovens rumam ao Porto através dos apoios de câmaras municipais. A Universidade do Porto recebe, assim, “juniores” de todos os graus socioeconómicos e, ao longo de um mês, congrega os futuros diplomados de vários países.