“É o filme do momento”, escreve a Medeia Filmes, que leva “Os Maias – Cenas da Vida Romântica” aos ecrãs do Teatro Municipal do Campo Alegre (TCA). “Pela ‘ousadia’ de filmar uma obra-prima da literatura portuguesa, na qual, até à data, ainda ninguém se atrevera a pegar”.

Uma obra já eternizada por Eça de Queirós, agora assinada por João Botelho, que continua a estar na lista dos “a não perder” – agora, depois da Literatura, no Cinema. Mais não seja, “pela atualidade da intriga, parecendo um retrato de Portugal no século XXI”.

“Aquilo não é Portugal do século XIX é do século XXI, um país impossível”

“Quantos Eusebiozinhos, banqueiros Cohen, condes Gouvarinho há por aí? Adoro aquela frase: ‘Para que servem os governos? Contrair empréstimos e cobrar impostos’. Está tudo lá. O comportamento português, a intriga e, ao mesmo tempo, a comédia, parece tudo muito sério, mas depois não é. Aquilo não é Portugal do século XIX é do século XXI, um país impossível”, afirmou João Botelho em entrevista ao Jornal de Letras.

Assim, a partir desta quinta-feira, 18 de setembro, chega ao Porto a versão longa, em exclusivo, depois da estreia nacional a 11 de setembro. A versão “que o realizador escolheu para as antestreias e que a generalidade dos críticos recomenda” é exibida todos os dias, até 24 de setembro, às 21h30. Aos fins-de-semana, sábado e domingo, há uma sessão extra às 15h.

No mesmo período serão ainda exibidos três filmes do japonês Yasujiro Ozu: “A flor do equinócio” (quinta e domino, às 18h30), “Bom dia” (sexta, segunda e quarta, às 18h30) e “O fim do outono” (sábado e terça, às 18h30).